A cidade de Capão Bonito (SP)
recebeu no dia 20 de fevereiro a primeira reunião da Câmara Setorial do Trigo
do Estado de São Paulo de 2019, que reuniu representantes de diversos elos da
cadeia produtiva do grão, para debater as estimativas do setor para a safra
deste ano.
Após o reporte das quatro
principais cooperativas do estado, que estão situadas na região Sudoeste de São
Paulo e que representam mais de 70% da comercialização do trigo paulista, chegou-se
a estimativa de plantio de 90 mil hectares do grão.
“Estamos prevendo praticamente a
manutenção da área do ano passado, que não se transformou em produção final por
efeitos climáticos. Se conseguirmos manter a uma estimativa de 90 mil hectares
de área plantada para o estado chegaremos muito próximo ao número que temos
almejado na Câmara Setorial das 300 mil toneladas”, aponta o presidente da
Câmara Setorial do Trigo, Nelson Montagna, que foi eleito durante a reunião.
Segundo ele, uma das principais
demandas do setor para os próximos meses é buscar apoio público e privado para
retomar as pesquisas no estado, visando oferecer dados e informações técnicas
aos produtores e auxiliar nos resultados do campo. “Um dos nossos focos de
trabalho nesta nova gestão será reativar a área de pesquisas. Sabemos que
existe uma estrutura que está se esvaindo no estado e gostaríamos de tentar
destravar essa área para incentivar os estudos nas estações paulistas”, afirma
Montagna. “Temos um novo governo que nos parece estar aberto a essa demanda, o
que nos deixa ainda mais otimistas”.
Presente na reunião, o diretor do
Instituto de Cooperativismo e Associativismo, Diogenes Kassaoka destacou o bom
trabalho realizado pela Câmara no trigo do estado, com o levantamento de
números e presença de diferentes elos do setor. “A Secretaria de Agricultura de
São Paulo tem buscado desenvolver um trabalho onde a Câmara Setorial se
aproxime da produção, que esteja a serviço do setor. No caso do trigo achei a
reunião muito produtiva e que tem conhecimento sobre o que ela é o seu
potencial, por meio de números e da boa comunicação entre a cadeia e a sociedade”,
destaca ele.