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Sindustrigo promove encontro para debater o conceito Indústria 4.0, em parceria com a FIESP

Visando explicar e apresentar o conceito de Indústria 4.0 para representantes de moinhos associados, o Sindustrigo, em parceria com a FIESP e o Senai, promoveu no dia 08 de junho uma palestra sobre o assunto, na sua sede em São Paulo (SP).

Ministrada pelo gerente de inovações e de tecnologia do Senai SP, Osvaldo Lahoz Maia, a palestra destacou o conceito de indústria 4.0 e as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura.

"Neste encontro busquei exemplificar aos participantes o que o mundo pensa sobre a 4ª revolução industrial e as possíveis consequências para o mercado, especificamente na indústria do trigo e derivados, incluindo as dimensões tecnologia, capital humano e mudança de pensar plataformas tecnológicas", explica Osvaldo,  responsável pelos processos de apoio à competitividade das indústrias de São Paulo, no âmbito da tecnologia e inovação, dentre elas a Indústria 4.0.

O termo Indústria 4.0 se originou a partir de um projeto de estratégias do governo alemão voltadas à tecnologia. Seu fundamento básico implica que conectando máquinas, sistemas e ativos, as empresas poderão criar redes inteligentes ao longo de toda a cadeia de valor que podem controlar os módulos da produção de forma autônoma. Ou seja, as fábricas inteligentes terão a capacidade e autonomia para agendar manutenções, prever falhas nos processos e se adaptar aos requisitos e mudanças não planejadas na produção.

Isso significa um novo período no contexto das grandes revoluções industriais. Com as fábricas inteligentes, diversas mudanças ocorrerão na maneira como os produtos serão manufaturados, causando impactos em diversos setores do mercado.

"O conceito já é aplicado fora do Brasil, mas as indústrias brasileiras ainda estão em um estágio muito primário. Recentemente uma pesquisa indicou que 1,6% das empresas do país se julgam competentes, no momento, para implantar o conceito e, daqui a 10 anos, apenas 25% estarão utilizando as tecnologias da Indústria 4.0", destaca.

Para o palestrante, o ponto principal deste é a mudança da mentalidade dos patrocinadores do processo, ou seja, presidentes e diretores das empresas, que precisam entender o conceito e a sua importância para o futuro da companhia e, desta forma, investir em tecnologia e no capital humano.

"Temos um imenso espaço de crescimento para a nossa indústria, porém temos que considerar que não é uma questão de opção, mas sim de sobrevivência. O empresário precisa se interessar e se informar do assunto, mas, o mais importante, é entender que a mudança vem de cima. Essa é uma revolução patrocinada de cima para baixo, ou seja, se os presidentes não acreditarem, o pessoal do chão de fábrica não vai entender e não vai querer participar", afirma ele.

Osvaldo destaca que a indústria está mudando, em alta velocidade e os empresários precisam estar atentos. "Essa mudança não é simplesmente modismo é uma questão de abraçar a causa. Procurar adaptar, cada um na sua medida e no seu tamanho. Não tem receita pronta, mas precisamos fazer nosso caminho", finaliza ele.


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