Informações divulgadas pelos analistas da T&F Consultoria Agroeconômica indicam que o Brasil poderá importar 1,0 milhão de toneladas de trigo a menos na próxima temporada. “Como a Conab aumentou somente 40 mil toneladas no consumo de 2019 em relação a 2018, mesmo com o aumento da demanda de farinhas ocorrido durante a pandemia e nós aumentamos 153 mil toneladas, acreditamos que este número seja razoável, uma vez que provavelmente o consumo de farinha volte aos seus níveis normais depois de passada a pior fase da pandemia e as pessoas possam sair de casa novamente”, comenta.
“Se nosso número mais alto de produção (ele oscila entre 6,68 MT e 7,34 MT, uma diferença de 660 mil toneladas) se confirmar e nossa projeção de consumo se concretizar, a necessidade de importação de trigo do Brasil para a temporada 2020/21 será reduzida em 13,70% para 6,3 milhões de toneladas, cerca de um milhão de toneladas a menos do que na temporada anterior. Mantivemos os estoques finais equivalentes a aproximadamente um mês de moagem, como de costume. Este número poderá confirmar a projeção que fizemos para as importações, mesmo que a demanda aumente mais 100 mil toneladas, que seriam tiradas, não do aumento das importações, mas dos estoques finais, que ficariam praticamente nos mesmos níveis da safra anterior.
Desta forma, mesmo que a produção seja equivalente à projeção menor, de 6,68 milhões de toneladas, a consultoria acredita que a diferença também poderia ser tirada dos estoques finais, que cairiam para 298 mil toneladas, mas que, mesmo assim, ficariam quase três vezes maiores do que os da temporada 2028/19, quando foram de 100,6 mil toneladas.
Fonte: Agrolink