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Abertura do Brasil ao trigo norte-americano preocupa bancada ruralista

A bancada ruralista na Câmara Federal está preocupada com o impacto sobre o agronegócio dos acordos comerciais encaminhados pelo Brasil com os Estados Unidos. Durante a visita do presidente Jair Bolsonaro a Washington, nesta semana, o Brasil anunciou a criação de uma cota com tarifa zero para importação de 750 mil toneladas anuais de trigo norte-americano e acenou com a possibilidade de compras carne suína.


Em troca, os Estados Unidos enviarão ao país uma missão técnica para auditar o sistema de inspeção de carne bovina in natura, visando liberar a retomada das exportações do produto para aquele mercado, suspensas em 2017 por problemas sanitários.


O deputado Neri Geller (PP-RS) recomenda cautela nas negociações sobre o trigo. “Esse setor é altamente subsidiada em outros países.  O trigo importado [com tarifa zero] competirá com a produção do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Não podemos destruir essa cadeia, porque ela é importante para a cesta básica.”


Vice-presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Geller também pediu prudência nas negociações sobre a abertura do mercado brasileiro à carne suína dos EUA.  “Precisamos orientar bem o presidente Bolsonaro para que possamos fazer um trabalho articulado.”


O parlamentar mato-grossense ressaltou ainda que o Brasil precisa tomar cuidado para não perder mercados, “principalmente o do mundo árabe, conquistado a duras penas nos últimos anos.”


Outros deputados da Comissão de Agricultura igualmente se mostraram preocupados, nesta semana, com os acordos envolvendo trigo e carne suína entre Brasil e EUA.


Fonte: AgroemDia



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