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Bem disposto, Bolsonaro diz a ruralistas que país precisa das reformas

BRASÍLIA - Na véspera de apresentar a emenda constitucional da reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, na solenidade de posse do novo presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), que o país precisa das reformas para avançar economicamente. "Precisamos das reformas, o Brasil só poderá andar pra frente de verdade se aprovarmos essas reformas", discursou, na posse do deputado Alceu Moreira (MDB-RS) na liderança da bancada ruralista. 


"Essa reforma não é minha, não é do [ministro da Economia] Paulo Guedes, é do Brasil, é de todos nós, com essas reformas, nós deslancharemos", complementou o presidente a uma plateia lotada de produtores rurais. Ele acrescentou aos presentes que agora podem contar com alguém na Presidência que não vai atrapalhá-los, ou melhor, estará ao lado deles para que tenham "segurança jurídica para plantar e produzir". 


O presidente afagou os produtores rurais, disse que sempre o apoiaram, desde a campanha, e chamou a categoria de "locomotiva da economia". Bolsonaro estava bem disposto e não demonstrou nenhum abatimento diante da divulgação de áudios de conversas privadas entre ele e o ex-ministro Gustavo Bebianno. Ao contrário, Bolsonaro fez questão de comparecer ao evento no esforço de demonstrar que o episódio do vazamento do conteúdo de suas conversas não o contrariou. Ele também queria prestigiar a categoria porque representa uma das maiores bancadas do Congresso. Bolsonaro quer os votos dos ruralistas para aprovar a reforma da Previdência. 


Bolsonaro elogiou o ministro Paulo Guedes, e também as ministras da Agricultura, Tereza Cristina - que já presidiu a Frente - e Damares Alves, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. O presidente disse que tem a mesma quantidade de homens e mulheres em seu ministério, porque [Tereza] Cristina e Damares valem por dez, cada uma! No total, são 22 ministros, sendo apenas as duas representantes femininas.


Ele também relembrou que cogitou unificar os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, mas que depois fez bem em manter as pastas separadas, porque ganhou o reforço do ministro Ricardo Salles, o "amigo do trabalhador do campo". 


Fonte: Valor


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