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Cenário da farinha de trigo atua com atenção sobre as incertezas do mercado

O setor da farinha de trigo ainda continua com a produção menor, por conta das incertezas que rodeiam o mercado, como de produtividade na colheita do Rio Grande do Sul, questão políticas na Argentina que é o principal exportador de trigo para o Brasil e do comportamento do dólar...

 

Após aguardar uma melhor consolidação da safra de trigo do Paraná, devido as geadas e o clima seco que atingiram o cereal durante o cultivo e que acabou ocasionando uma quebra de produção em algumas regiões produtoras, mas não alterou a qualidade final. Agora o setor moageiro opera atento em questão do cenário da safra do Rio Grande do Sul, pois as chuvas que chegaram no final do ciclo e durante a colheita podem comprometer a produtividade e elevar os custos da matéria prima.

 

Questões políticas entre Brasil e Argentina também tem preocupado o setor, principalmente de como vai ficar a importação de trigo com o posicionamento de vendas do produtor, após a transição de governo em dezembro. Outro fator que gera dúvida nas cotações futuras da farinha, é o comportamento do dólar que apresentou alta de 1,8% na sexta-feira (09) após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

As vendas estão seguindo de forma regular, logo após ter apresentado uma melhor movimentação no final de outubro e início de novembro, essa reação pode ter sido causada pela reposição de estoque de final de ano que algumas empresas fazem antes das férias coletivas. Como também pela aproximação das festas de final de ano, que contribuem para o aumento nas vendas, devido a fabricação de produtos típicos da época natalina, como biscoitos e panetones.

 

Mesmo com produção menor, o mercado encontrar-se saturado de oferta, já que nesse período em que o fornecimento de trigo fica mais aquecido, por conta da colheita da safra, diversos moinhos menores também começam a produzir farinha, assim aumentando a competividade. E também teve casos que alguns moinhos presentes no mercado, utilizaram de estratégias de redução das margens para escoar suas produções e receber matéria prima da safra nova.

 

Agentes consultados pela equipe AF News relatam, que há casos de a ponta compradora estar buscando negociações a longo prazo com preços fixos, para garantir melhores condições de comercialização para o consumidor.

 

FUNDAMENTOS DE FORMAÇÃO DE PREÇOS

 

-Cotação do dólar operou em alta durante os dias 05/11 a 11/11, de R$ 3,99/US$ a R$ 4,14 /US$ no fechamento de ontem.

 

- Mercado do farelo de trigo segue com oferta reduzida em maior parte das regiões. Próximo balanço AF News de Farelos de Trigo será divulgado no dia 14/11 (quinta-feira).

 

- No mercado de trigo os preços de vendas de trigo de pH 78. No Paraná, a tonelada está sendo vendida no preço médio de R$850,00/ton FOB. No Rio Grande do Sul, preços são de R$700,00/ton FOB.

 

- Preços de importação do trigo argentino 11,5% de proteína safra atual (ago/19) cotado R$ 964,53/ton, R$ 47,01/ton mais caro que a semana anterior, posto em Santos-SP (trigo + frete marítimo + descarga + seguro) considerando o dólar médio da semana em R$ 4,09. Na referência do trigo americano (hard) embarque em agosto/19 na média a R$ 1232,52/ton (+ R$57,97/ton na semana).

 

- No Line up de exportação de trigo argentino desta semana, entre os dias 06 a 11 de novembro, estão programados o envio de 208,550 toneladas para o exterior, um aumento de 48,96 % ante a semana anterior. Para o Brasil, o volume ficou em 136,550 mil toneladas, sendo os principais compradores a Bunge (29,05 mil tons) e a Cargill (60,0 mil tons). Este volume resulta numa queda de 2,46% ante a semana anterior.


Fonte: AF News


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