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Índice de preços da FAO cai pelo 4º mês seguido

Os preços globais dos alimentos recuaram pelo quarto mês consecutivo em maio, diante da grande oferta e da demanda enfraquecida devido às contrações econômicas desencadeadas pela pandemia da covid-19, informou ontem a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

O índice de preços da instituição - que acompanha os valores internacionais das principais commodities alimentares - ficou em 162,5 pontos em maio, 1,9% abaixo do mês anterior. É a menor pontuação desde dezembro de 2018. 

O indicador de lácteos caiu 7,3% em relação a abril, liderado por quedas acentuadas nas cotações de manteiga e queijo devido a fatores sazonais de oferta e menor demanda, conforme a FAO.

O sub-índice dos cereais recuou 1% na comparação mensal. Os preços internacionais do arroz subiram um pouco, enquanto os preços de exportação do trigo caíram, em meio às expectativas de ampla oferta global. O valor médio do milho também recuou.

Os valores médios dos óleos vegetais recuaram 2,8%, atingindo o menor nível em dez meses. “Enquanto as cotações do óleo de canola e de girassol aumentaram, as do óleo de palma caíram pelo quarto mês consecutivo, refletindo uma demanda global de importação moderada e níveis de produção e estoque acima do esperado ”, apontou a instituição.

Segundo a FAO, o sub-índice de proteínas caiu 0,8% em maio, com as cotações da carne bovina em alta, enquanto as de carnes de aves e suínos continuaram em queda.

Na outra ponta, o indicador para o açúcar subiu 7,4%. Conforme a FAO, a recuperação nos preços internacionais do petróleo - que aumenta a competitividade do etanol no Brasil -, além de colheitas abaixo do esperado em países como Índia e Tailândia, deram base para a valorização da commodity. 

Fonte: Valor Econômico


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