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Protestos de servidores por aumento salarial atrasa descarga de navios em portos e provoca fila de caminhões na fronteira

Os protestos da elite do serviço público federal por melhores salários já resultam em problemas que podem afetar o abastecimento do país. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a liberação de trigo importado da Argentina no Porto de Santos está atrasada e na região Norte caminhões carregados com diversos tipos de produtos estão parados ao longo da fronteira. Segundo o  governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), ao menos  800 caminhões estavam parados esperando liberação nos postos de fronteira. O problema está relacionado a uma operação padrão promovida por auditores da Receita Federal desde o dia 23,com o objetivo de pressionar o governo Jair Bolsonaro por um bônus de eficiência. 


Além da Receita, a insatisfação também se espalhou pelos servidores do banco Central e pelos auditores do trabalho . As categorias já anunciaram que devem promover uma paralisação nacional no dia 18 de janeiro e sinalizaram com um indicativo de greve geral para fevereiro. 


“Se as liberações não forem feitas rapidamente, como de rotina, pode acarretar um problema de abastecimento”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Rubens Barbosa. “Esse é um produto essencial na mesa do brasileiro, usado no pão, nas massas, bolo, biscoito”, ressaltou Barbosa. Parte inferior do formulário


Ainda conforme a reportagem, o governador de Roraima disse ter procurado o ministro da Economia, Paulo Guedes, para ajudar nas tratativas para pôr um fim à operação padrão nas fronteiras da do Estado. Segundo a Receita Federal, os caminhões que estavam parados na fronteira com a Venezuela começaram a ser liberados na noite desta quarta-feira (5). 


“Falei com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que está sensibilizado com essa situação e também com o chefe geral da Receita em Brasília, Julio Cesar Vieira Gomes. Estão abertas as negociações para o reconhecimento do bônus salarial de todos os auditores da Receita”, disse Denarium à reportagem.


O Ministério da Economia, porém, informou que “o ministro limitou-se a repassar as mensagens do governador ao secretário para colocá-los em contato sobre o assunto de Pacaraima".


Fonte: Brasil 247


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