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Terra mais quente aumentará produção de trigo, mas de forma desigual

O que uma Terra mais quente trará aos consumidores e produtores de trigo? Um novo estudo prevê que os preços mundiais dos grãos apresentarão picos mais acentuados com 2ºC de aquecimento. Por outro lado, haveria um ligeiro aumento na produção.


O trigo é a principal cultura de cereais do mundo, fornecendo 20% de proteínas e calorias para mais de 3,5 bilhões de pessoas.


Ao contrário de pesquisas anteriores sobre o impacto do clima nos rendimentos, o novo estudo, publicado na revista One Earth, demonstrou um novo sistema de modelo climático-trigo-econômico. Esse sistema permite que os cientistas analisem o impacto das condições climáticas e eventos extremos nos rendimentos e preços do trigo, bem como na cadeia global de oferta e demanda.


Pesquisadores de 13 institutos de todo o mundo trabalharam no estudo, que descobriu que, em caso de aquecimento abaixo de 2ºC, a alta fertilização com dióxido de carbono compensará o aumento do estresse de aquecimento, resultando em um aumento de 1,7% na produção mundial de trigo.


No entanto, o maior rendimento do trigo não resultará em um preço mais baixo para o consumidor. De acordo com o estudo, é provável que a produção de trigo aumente em altas latitudes e diminua em baixas latitudes. Isso fará com que os preços dos cereais mudem de forma desigual, reforçando as desigualdades existentes.


O modelo prevê que os rendimentos aumentarão em países e regiões de alta latitude, como Estados Unidos, Rússia e grande parte do norte da Europa. No entanto, em países como Egito, Índia e Venezuela, a produção de trigo provavelmente cairá em algumas áreas em mais de 15%

 

Alta na colheita da Alemanha

A colheita de grãos da Alemanha em 2022 aumentou quase 2% em relação ao ano anterior, para cerca de 43 milhões de toneladas, apesar da seca em curso, de acordo com dados provisórios publicados pela Associação Alemã de Agricultores (DBV) nesta terça-feira.


Devido aos efeitos das mudanças climáticas, porém, os volumes de safra em 2022 permaneceram “significativamente abaixo da média” de 45,6 milhões de toneladas para os anos de 2014 a 2021, disse a DBV em seu relatório de safra.


Fonte: Monitor Mercantil


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