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Focus 360: um novo conceito no manejo de plantas daninhas resistentes no Paraná

O manejo de plantas daninhas resistentes ao glifosato ainda é um desao para os produtores em todo Brasil, devido ao impacto negativo nas culturas, como soja, milho, trigo, entre outras. Elas crescem por diversos fatores e, para realizar um controle efetivo, é preciso denir e adotar estratégias contínuas, como o uso de herbicidas pré-emergentes com diferentes mecanismos de ação e o acompanhamento constante do desenvolvimento da lavoura. Caso contrário, podem afetar até 80% da produtividade, segundo Diego Gonçalves Alonso, especialista de desenvolvimento de produto e mercado da Ourono Agrociência no Paraná, um dos estados mais afetados com plantas daninhas resistentes a herbicidas.


Diego ainda explica que essa resistência, a exemplo do glifosato, pode ser adquirida com uso contínuo de um mesmo herbicida ou pela repetição de produtos com o mesmo mecanismo de ação. No estado do Paraná, onde a cultura da soja é predominante – segundo dados divulgados pela Embrapa, a produção de soja no Estado é de 16,253 milhões de toneladas –, os agricultores enfrentam diculdades a cada safra, principalmente pela falta de rotação de herbicidas com mecanismos de ação distintos. 


Edson Donizetti Mattos, gerente de pesquisa da Ourono Agrociência, ressalta que, na região do Paraná, as plantas daninhas que mais causam problemas atualmente são a buva (Conyza sp), capim-amargoso (Digitaria insularis), capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), azevêm (Lolium multiorum) e caruru (Amaranthus sp). “O ideal é não deixar a planta daninha crescer junto com a cultura, ou seja, sempre plantar a cultura no terreno limpo.”


O uso de herbicidas pré-emergentes com diferentes mecanismos de ação, como PonteiroBR (sulfentrazone), CoronelBR (metribuzim) e Grande BR (clomazone), sejam eles utilizados isolados, em associação ou em aplicações sequenciais, é fundamental para o manejo de plantas daninhas resistentes ao glifosato. Dessa forma, reduz o nível de infestação nas áreas e no banco de sementes ao logo dos anos. 


Para reforçar essas orientações e auxiliar tecnicamente o produtor, a Ourono Agrociência tem investido no programa Focus 360, um novo conceito no manejo de resistência e que envolve o trabalho de vários pesquisadores de instituições públicas e particulares. Nessa iniciativa, diversos experimentos foram instalados nas regiões agrícolas do país, para estudar a performance de diversos herbicidas pré-emergentes nas diferentes espécies de plantas daninhas, de solo e clima, tornando as recomendações de manejo de resistência mais assertivas para os produtores do Paraná.


Roberto Toledo, gerente de produtos herbicidas da companhia, explica que a adoção dos herbicidas pré-emergentes objetiva preservar o uso do glifosato. “Nesse cenário, a Ourono lançou neste ano o Templo, um glifosato premium com exclusivo sistema tensoativo e tecnologia Duo Sal, que proporciona rápida absorção e maior translocação, resultando em maior segurança, economia e velocidade no controle de plantas daninhas”, diz Toledo. O produto tem ainda o diferencial de oferecer alta performance mesmo com chuva duas horas após a aplicação, para que a lavoura não dependa da ação do tempo. 


Para um controle efetivo das plantas daninhas, o ideal é fazer a aplicação nos estágios iniciais de plantio, mas as situações variam. “O Templo acelera a dessecação, evitando a concorrência inicial entre a cultura e as plantas indesejadas, proporcionando um melhor desenvolvimento inicial da cultura e, consequentemente, garantindo boa produtividade”, pontua Toledo. “Além disso, o uso de herbicidas pré-emergentes contribui para o desenvolvimento inicial no terreno limpo e é uma ferramenta indispensável para o manejo de resistência de plantas daninhas à herbicidas. Em culturas tolerantes ao glifosato, como soja e milho, também existe a possibilidade de aplicação pós-plantio.”


Além dessas observações, o desenvolvedor de mercado da Ourono Agrociência reforça que os problemas de plantas daninhas não são resolvidos de um ano para o outro. “O trabalho precisa ser contínuo, é imprescindível o acompanhamento de um prossional que indique a melhor ferramenta para o controle das plantas daninhas, entre elas: herbicidas pré e pós-emergentes, manejo cultural e controle físico”, explica Diego Alonso.


Fonte: O Presente Rural


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