O Grupo Técnico de Recursos Humanos do Sindicato da Indústria do Trigo do Estado de São Paulo (Sindustrigo) se reuniu na manhã do dia 14 de abril para abril para conduzir explicações sobre a realização da Pesquisa de Remuneração, Benefícios e Práticas de RH de 2023, em parceria com o Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos no Estado de São Paulo (SIMABESP), bem como sobre as diferenças e benefícios da automação digital nessa área.
Num primeiro momento da reunião, o Diretor de Negócios da IDEE Consult, José Antônio Prudente de Siqueira, fez uma apresentação aos associados presentes sobre a Pesquisa de Remuneração, Benefícios e Práticas de RH, trazendo importantes alinhamentos e apresentando a todos o escopo de execução do trabalho para aqueles que tiverem interesse em contatar a pesquisa.
Encerrado esse tópico de discussão, a pauta do encontro foi direcionada para questões de automação digital dos recursos humanos. O Diretor da consultoria empresarial Quality Way, Julio Coelho, conduziu a reunião, trazendo aos participantes as tendências de RH para 2023 a partir de pesquisas conduzidas acerca do tema.
Coelho introduziu um estudo desenvolvido pela empresa Gartner, que estabelece as cinco prioridades dos líderes em recursos humanos neste ano: eficácia da liderança, gestão de mudança, experiência do funcionário, desafios do recrutamento e o futuro do trabalho.
“A eficiência do gestor é uma preocupação para 60% dos líderes dos entrevistados pela pesquisa, sendo que 24% dizem que suas abordagens para o desenvolvimento de liderança não preparam líderes para o futuro do trabalho”, explica.
Já sobre a gestão de mudanças, Julio Coelho indica que a percepção que se tem hoje é de que os colaboradores de uma empresa estão ficando cansados de mudanças, tornando-se mais resistentes a elas. Segundo a pesquisa, 38% dos funcionários questionados no ano passado estavam dispostos a mudar o comportamento profissional para dar suporte às alterações organizacionais. Esse valor era de 74% dos entrevistados em 2016.
Em relação à experiência do funcionário, 47% dos líderes em RH consultados pelo estudo consideram que esse fator é uma prioridade para as empresas. No entanto, 44% deles acreditam que a organização não possui trajetórias atrativas de carreira.
O futuro do trabalho, sob a análise Gartner, se baseia no gerenciamento de investimentos em pessoas e tecnologia, cultivando positividade na experiência do funcionário e na cultura organizacional, permitindo que o RH se transforme numa área mais automatizada e digital.
“Ações envolvendo a digitalização dos processos devem ser realizadas como prioridades, ao mesmo tempo em que as novas expectativas dos funcionários impactam a retenção e a atração de novos colaboradores”, detalha Coelho.
O profissional expôs aos associados que a automação pode trazer benefícios como aumento de produtividade, redução de erros, custos e riscos, agilidade, flexibilidade, segurança dos dados, transparência e rapidez na comunicação, ou seja, um RH estratégico que proporciona um novo mindset nos colaboradores.
Porém, ele alerta para que a “casa esteja arrumada” antes da migração para o digital. “Antes de pensar em projetos digitais, temos que fazer uma avaliação sobre os processos atuais, checando se estão robustos o suficiente e otimizando-os, caso não estejam. Só então deve-se considerar a automatização do setor de RH”, conclui.