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Algumas Commodities Agrícolas fogem do risco e dão sinais positivos

Redução de estoques A menor produção de laranja nos Estados Unidos, causada pela seca e pelo avanço do greening (doença que causa queda prematura dos frutos) no país, já começa a atingir os estoques americanos de suco de laranja. Com isso, os contratos futuros da commodity com vencimento em setembro subiram 235 pontos ontem na bolsa de Nova York e fecharam o pregão a US$ 1,859 a libra-peso. Nos últimos dois meses, os futuros de suco já acumulam alta de mais de 40% na bolsa, sustentados também pelo início da temporada de furacões na Flórida em junho - região que concentra o segundo maior parque citrícola do mundo. No mercado interno, o preço da caixa de 40,8 quilos de laranja destinada à indústria em São Paulo ficou estável em R$ 19,17 ontem, segundo o Cepea.

Instabilidade Em um pregão marcado pela volatilidade, os contratos futuros do algodão registraram queda ontem na bolsa de Nova York em meio ao pessimismo dos investidores com a economia mundial. Os papéis com vencimento em outubro fecharam o pregão cotados a 65,25 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 11 pontos. As incertezas sobre a recuperação da economia mundial têm provocado uma fuga de investidores para ativos de menor risco. Além disso, o avanço do plantio nos EUA e o início das monções na Ásia, com chuvas 35% acima da média, também pressionam o valor dos contratos. No mercado interno, o preço da pluma pago ao produtor ficou em R$ 82,03 a arroba, segundo a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

Fugindo do risco  Os contratos futuros da soja voltaram a cair na bolsa de Chicago ontem impulsionados pelo pessimismo com a economia mundial. Os papéis com vencimento em agosto fecharam o pregão a US$ 10,505 o bushel, com recuo de 51 centavos. As dúvidas sobre o crescimento da economia mundial pós-Brexit, refletidas num menor apetite por risco, levaram os fundos não  indexados que atuavam nesse mercado a liquidar suas posições, gerando uma forte queda. "Estamos num momento bem volátil para as commodities principalmente por causa do cenário macroeconômico", destaca Natália Orlovicin, analista da FCStone. No mercado interno, o indicador Esalq/BM&FBovespa para a soja em Paranaguá ficou em R$ 89,04 a saca de 60 quilos, recuo de 1,04%.

Sinais positivos Refletindo as boas condições de cultivo em diversos países produtores, os contratos futuros do trigo registraram queda ontem nas bolsas americanas. Os papéis com vencimento em setembro fecharam o pregão da bolsa de Chicago a US$ 4,255 o bushel, recuo de 3 centavos. Em Kansas, o mesmo vencimento caiu 2,50 centavos, para US$ 4,1225 o bushel. O avanço da colheita do cereal de inverno nos EUA pressiona os contratos enquanto, na Ásia, as chuvas de monções acima da média devem favorecer a safra local. Na Rússia e na Ucrânia, a condição dos cultivos também é considerada boa, com qualidade dentro dos níveis observados na safra anterior, segundo a Zaner Group. No Paraná, o preço médio do cereal ficou em R$ 903,90 a tonelada, alta de 0,42%, segundo o Cepea.

Fonte: Valor Econômico


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