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Agricultura BR: Bolsa de Cereais de Buenos Aires atualiza números para soja e trigo

A situação climática na Argentina está crítica. O país já enfrenta vinte dias ininterruptos de chuvas abundantes, o que compromete seriamente a safra de soja. Diante deste cenário, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu drasticamente a estimativa de produção do grão país de 60 milhões de toneladas para 56 milhões. São quatro milhões de toneladas de soja a menos do que estava sendo estimado até a semana passada.

Esta nova projeção foi apresentada ao mercado quinta-feira, 21 de abril, no relatório semanal de acompanhamento de safra. Além da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a Bolsa de Comércio de Rosário também já projeta uma redução, assim como a consultoria alemã de oleaginosas Oil World, que estima uma perda de até 3 milhões de toneladas.

Com tanta chuva que cai sobre o país, os trabalhos de colheita estão pra lá de atrasados. Até o momento a área colhida atinge 16,4% do total plantado, mostrando atraso de quase 30% em relação ao ritmo de colheita visto no ano passado, quando já registrava 46% de área colhida nesta época do ano.

Argentina estima aumento de 25% na área plantada com trigo

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires apresentou a sua primeira expectativa de área plantada com trigo na nova temporada. A projeção indica que serão implantados 4,5 milhões de hectares com o cereal de inverno, mostrando uma forte recuperação de 25% na área destinada ao cereal nesta safra em relação ao ciclo anterior.

Entre os motivos apontados para este expressivo aumento está a alteração no regime comercial e fiscal do país com a entrada do novo presidente Maurício Macri em dezembro do ano passado. Ele zerou os impostos de exportação e eliminou as cotas de vendas do cereal, o que estimou mais os produtores.

O plantio da nova safra de trigo deve ter início no país no início de maio e deve seguir até meados de agosto. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires diz que esta primeira previsão de intenção de plantio pode ser alterada ao longo da safra.

Fonte: Sistema Brasileiro do Agronegócio

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