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Agronegócio reporta lentidão nas desobstruções de rodovias bloqueadas

Empresários do agronegócio se queixaram, neste sábado (26), ao governo que as desobstruções de rodovias monitoradas pelo setor estão lentas. O presidente Michel Temer assinou, na sexta (25), decreto prevendo a atuação das Forças Armadas para desbloquear estradas paralisadas pela greve nacional dos caminhoneiros, que já entra em seu sexto dia. Nesta manhã, o ministro interino da Agricultura, Eumar Novacki, alertou o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, sobre a dificuldade de escoamento de insumos agropecuários às propriedades rurais, do transporte de alimentos perecíveis, como carnes e leite, e do acesso aos portos para exportações agropecuárias. 

De acordo com alertas das entidades de agroindústrias repassados ao Ministério da Agricultura, até ontem à noite havia 50 pontos de estrangulamento em rodovias essenciais para o transporte de alimentos. Desses, 20 tinham sido liberados e outros 10 estavam em processo de desobstrução. "Nossa preocupação é muito forte.

O setor agropecuário não aguenta mais 24 horas de paralisação", disse Novacki ao Valor. "Ontem à noite, já recebi notícias de que o transporte começou a normalizar e já começou a chegar ração em algumas granjas. Já tivemos algumas desobstruções, mas o ritmo está lento", afirmou. Segundo Novacki, há muitos relatos de prejuízo no Paraná e em Santa Catarina, onde já acontecem casos de canibalismo de aves e suínos em locais onde já falta ração há dias. Em outra frente, já começa a crescer o movimento de produtores rurais e da agroindústria para pedir na Justiça ações de ressarcimento por prejuízos econômicos causados pela paralisação dos caminhoneiros.

O Ministério da Agricultura também está levantando os impactos estimados por associações do agronegócio, até agora, para também sugerir à Advocacia-Geral da União (AGU) uma ação nesse sentido, apurou o Valor.

Fonte: Valor Econômico


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