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Alimentos têm queda

A tensão gerada pela política comercial protecionista dos EUA fez os preços dos alimentos caírem pela primeira vez desde o início deste ano no mercado internacional. O índice medido pela Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que acompanha uma cesta de produtos no mercado internacional, caiu 1,3% em junho, na comparação com maio, para 173,7 pontos. A maior pressão veio das cotações de trigo, milho e óleos vegetais, incluídos os de soja.

O indicador para os cereais caiu 3,7% na comparação mensal, para 166,2 pontos. "Apesar da piora geral das perspectivas de produção, os preços do trigo e do milho caíram em junho, seguindo tendências similares observadas na maioria das commodities decorrentes do aumento das tensões comerciais. Por outro lado, os preços internacionais do arroz aumentaram", diz relatório da FAO.

O indicador de óleos vegetais ficou em 146,1 pontos, com queda de 3% e atingindo a menor pontuação em 29 meses. Houve declínio nos preços de soja, girassol e palma, com o dólar exercendo pressão de baixa. A soja também vem sendo pressionada pela decisão da China de taxar a oleaginosa dos EUA em retaliação às políticas protecionistas do governo Trump.

Os lácteos recuaram 0,9% na comparação mensal, com queda nos preços dos queijos compensando a alta do leite em pó desnatado. A manteiga e o leite em pó integral ficaram estáveis.

No caso das carnes, os preços médios internacionais subiram 0,3%, para 169,8 pontos, em função de uma pequena alta nas carnes de ovinos e de suínos, enquanto a bovina e a de frango caíram. "O grande volume de exportações da Austrália explica o declínio na carne bovina, enquanto a ampla oferta de exportação, especialmente do Brasil, em meio à fraca demanda de importação, pressionou os preços das aves".

O índice para o açúcar também subiu em junho, 1,2% sobre maio, com as preocupações acerca da queda na produção brasileira.

Fonte: Valor Econômico


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