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COCAMAR I: Dia de campo avaliou cultura de trigo em Arapongas

O dia de campo sobre trigo organizado na sexta-feira (04/08) em Arapongas pela unidade da Cocamar nesse município, em parceria com a de Apucarana, reuniu cerca de 150 produtores, várias empresas fornecedoras e instituições de pesquisa.

Novidades - Além de apresentar novidades em tecnologias para essa cultura, o evento serviu também para uma avaliação das condições da lavoura, que enfrenta um longo período de estiagem. A equipe do Rally Cocamar Bayer e Spraytec de Produtividade foi conferir.

Colheita - A colheita já está começando em algumas localidades, sendo que entre aqueles dois municípios, os produtores preferem o trigo ao milho. De acordo com o agrônomo Daniel Alves Prioli, da unidade da cooperativa em Arapongas, ao menos 70% das áreas são mantidas com trigo, restando 30% para o milho. Sobre os efeitos da estiagem, que já perdura por quase 60 dias, o agrônomo afirmou haver de tudo, mas as lavouras semeadas mais cedo, que foram servidas por um bom volume de chuvas na fase de desenvolvimento, devem apresentar um desempenho melhor.

Expectativa - O cooperado Jair Fernandes, cuja propriedade fica na comunidade Caramuru, plantou 22 alqueires com trigo e outros 16 de milho. "Mexo com trigo há 25 anos", disse,  na expectativa de conseguir neste ano a média de 125 sacas por alqueire e 260 de milho. "Se tivesse chovido bem, teria sido melhor." Na safra de soja 2016/17, Fernandes obteve média de 140 sacas.

Preço do milho - "Os baixos preços do milho, no momento, fazem do trigo uma cultura atraente", afirmou o pesquisador da Embrapa Soja, Luís Cesar Vieira Tavares. Segundo ele, enquanto o trigo é cotado a R$ 36,50 a saca, o milho a R$ 16,50 não fecha a conta. "Com as geadas e a seca ocorridos neste ano, a tendência é o preço do trigo ser mantido em patamares remuneradores", acrescentou. 

Rotação - Ao incluir a triticultura em rotação, o produtor, segundo Tavares, aumenta a reposição de nutrientes no solo, como fósforo e potássio, e dilui custos ao inibir a infestação de ervas daninhas com a intensa cobertura de palha deixada por essa lavoura. "O trigo, em resumo, vai trazer sustentabilidade à soja", frisou o pesquisador, que aproveitou o dia de campo para divulgar, entre outras, a cultivar BRS Sanhaço, desenvolvida por aquela instituição em parceria com o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e a Fundação Meridional.

Clima - As adversidades climáticas impactaram na previsão de produtividade de trigo na região, de acordo com a Cocamar. Se no início do ciclo da cultura a estimativa era de 130 a 140 sacas por alqueire, agora o esperado é ficar entre 80 a 90 sacas, com o agravante de que 20% das lavouras encontram-se ainda em fase de alongamento das espigas, em que a falta de umidade pode causar danos maiores. 

Perdas menores - Como o trigo já está bem adiantado na propriedade de Valdir Waldrich, em Arapongas, as perdas devem ser menores que na média regional, segundo avaliou o próprio agricultor, que visitou o dia de campo em companhia da filha Tainara. Ele não quis antecipar uma expectativa de produtividade, mas ressaltou que vem trabalhando, com toda a tecnologia disponível, para superar a marca de 200 sacas por alqueire. "Quem sabe, teremos uma boa surpresa", finalizou.

Acompanhamento - O Rally Cocamar Bayer e Spraytec de Produtividade vai acompanhar todo o ciclo da safra de soja 2017/18 na região da cooperativa. A realização conta, também, com o patrocínio da Sancor Seguros e o apoio do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb) e Flamma Comunicação. (Imprensa Cocamar)

Fonte: Paraná Cooperativo


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