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Commodities Agrícolas

Consumo fraco A melhora das perspectivas de produção no Brasil e a menor demanda por suco concentrado de laranja nos EUA pressionaram as cotações da commodity na bolsa de Nova York. Os papéis com vencimento em maio fecharam ontem a US$ 1,713 a libra­peso, recuo de 905 pontos. Apesar de o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estimar a produção da Flórida em 71 milhões de caixas, o menor volume desde 1964, as exportações brasileiras aos EUA têm ajudado a manter a oferta estável no país. Por outro lado, os americanos consumiram o menor volume de suco desde 2002 em 2016, segundo a Nielsen. Foram 464 milhões de galões. No mercado interno, o preço médio pago pela indústria ficou em R$ 25,41 a caixa de 40,8 quilos, queda de 0,2%, segundo o Cepea.

Chove sem parar As chuvas persistentes e acima da média na Argentina continuam dando sustentação aos contratos futuros da oleaginosa em Chicago. Os papéis com vencimento em maio fecharam ontem a US$ 10,78 o bushel, com alta de 22,4 centavos. Com as novas precipitações do último fim de semana, alguns analistas preveem quebra de até 10% na atual temporada enquanto outros, mais cautelosos, acreditam ser muito cedo para estimar alguma redução. Isso porque o excesso de chuvas teria de continuar durante o período de crescimento das lavouras para causar grandes problemas. O dólar em queda também ajudou a dar fôlego às cotações. No mercado interno, o indicador Esalq/BM&FBovespa para o grão em Paranaguá subiu 2,77%, para R$ 78,61 a saca de 60 quilos.

Demanda firme O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reportou ontem que os americanos fecharam contratos para a venda de 102,944 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos. A informação reforçou os sinais de demanda firme pelo grão americano e deu fôlego às cotações em Chicago. Os papéis com entrega para maio fecharam a US$ 3,7275 o bushel, avanço de 7,25 centavos. Na última quinta­feira, o órgão reduziu em quase 2 milhões de toneladas as estimativas para os estoques mundiais de passagem do grão, avaliados em 220,98 milhões de toneladas. Apesar da redução, o volume é superior às 210,01 milhões de toneladas dos estoques em 2015/16. No Brasil, o indicador Esalq/BM&FBovespa para o milho ficou em R$ 34,52 a saca de 60 quilos, alta de 0,85%.

Embarques avançam O avanço nos embarques semanais de trigo nos EUA e a queda do dólar deram sustentação às cotações do cereal nas bolsas americanas ontem. Em Chicago, os papéis com vencimento em maio fecharam a US$ 4,4825 o bushel, alta de 8,5 centavos. Em Kansas, o mesmo contrato fechou a US$ 4,6375 o bushel, avanço de 2,75 centavos. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), os americanos enviaram 344,43 mil toneladas do cereal para o exterior na semana móvel encerrada no dia 12 de dezembro, avanço de 30,8% em relação ao observado na semana anterior. No acumulado de 2016/17, esse volume ficou 25,21% acima do observado no mesmo período de 2015/16. No Paraná, o preço médio do trigo ficou em R$ 621,77 a tonelada, recuo de 0,02%, segundo o Cepea 

Fonte: Valor Econômico 


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