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Commodities Agrícolas

Efeito dólar Os contratos de açúcar demerara se recuperaram na sexta­feira, na bolsa de Nova York, depois do forte recuo da quinta­feira, quando o dólar foi às alturas na esteira das delações de executivos da JBS. Na sexta­feira, porém, a moeda americana perdeu força, o que fez os papéis para o açúcar com vencimento em outubro encerrarem o pregão com alta de 35 pontos, a 16,59 centavos de dólar. Os movimentos do dólar influenciam as cotações do açúcar, uma vez que podem estimular ou não as exportações, ou seja, a oferta no mercado. Embora baixista, a informação de que o governo chinês deve elevar as tarifas de importação do açúcar extra­cota não chegou afetar as cotações. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para o açúcar cristal em São Paulo subiu 0,10% na última sexta­feira, para R$ 76,52 por saca.

Dia de ajuste A última sexta­feira também foi de ajustes para os contratos futuros de café na bolsa de Nova York após a forte queda do dia anterior, quando o dólar disparou em decorrência das delações dos executivos da JBS. Na sexta­feira, o dólar perdeu força, o que levou os contratos de café com vencimento em setembro a fechar com alta de 245 pontos, a US$ 1,3450 a libra­peso. O dólar mais baixo em relação ao real tende a desestimular as exportações da commodity, à medida que reduz a rentabilidade do exportador. Essa oferta menor eleva os preços. Além do impacto da moeda americano, as cotações do café também têm sido influenciadas pelo início da colheita da safra 2017/18 no Brasil. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para o café arábica ficou em R$ 457,95 por saca, com leve queda de 0,06%.

Recuperação Depois de uma quintafeira de forte alta do dólar, o que elevou o volume de negócios em Chicago e derrubou as cotações da oleaginosa, os contratos futuros subiram na bolsa americana na sexta­feira. Refletindo a perda de força do dólar, os papéis com vencimento em agosto fecharam o último pregão da semana com alta de 7,50 centavos de dólar a US$ 9,5425. Na quinta­feira, o real caiu ao menor nível em 18 anos, o que tornou a soja brasileira mais competitiva no mercado internacional. Além do comportamento do dólar, os traders seguem atentos ao clima nos Estados Unidos, que continua chuvoso, atrasando o plantio de soja, milho e trigo. No mercado doméstico, o indicador Esalq/BM&FBovespa para a soja em Paranaguá ficou em R$ 70,04 por saca, com queda de 1,63%.

Na esteira da soja Acompanhando o comportamento da soja na bolsa de Chicago, os contratos futuros de trigo também subiram na sexta­feira.

Os papéis com vencimento em setembro de 2017 fecharam com alta de 8,75 centavos de dólar a US$ 4,485 por bushel. Em Kansas, os contratos com mesmo vencimento subiram 11,75 centavos a US$ 4,55 por bushel. O mercado foi influenciado pelo ajuste técnico que afetou outros mercados, depois que o dólar perdeu força na sexta­feira. Afora isso, sinais de demanda pelo trigo americano também ajudaram a sustentar as cotações. O Egito comprou mais de 100 mil toneladas do cereal americano, o que não ocorria desde o ano passado, segundo Jack Scoville, da Price Futures. No Paraná, o preço médio do trigo caiu 0,76%, para R$ 612,26 por tonelada.

Fonte: Valor Econômico


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