Notícias setorial/mercado

Commodities Agrícolas

Recuo marginal As previsões divergentes para o mercado indiano de açúcar levaram a oscilações marginais no valor dos contratos futuros da commodity na bolsa de Nova York ontem. Os papéis com vencimento em julho fecharam a 17,68 centavos de dólar a libra­peso, recuo de 1 ponto. Embora a imprensa local afirme que o país poderá reduzir o imposto de importação em breve para suprir o déficit na oferta local, a perspectiva de recuperação da produção em 2017/18 pressiona as cotações. Segundo o Departamento de Meteorologia local (IMD), mesmo um eventual retorno do El Niño este ano não deverá comprometer a safra. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o açúcar cristal em São Paulo ficou em R$ 75,54 a saca de 50 quilos, queda de 1,01%

Efeito especulativo O retorno dos fundos ao mercado futuro de suco de laranja tem sido um fator de instabilidade para os preços da commodity em Nova York. Os papéis com vencimento em julho fecharam ontem a US$ 1,6825 a libra­peso, queda de 425 pontos. Segundo a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês), os gestores de recursos mantinham um saldo líquido comprado de 2.601 papéis na última terça­feira, 106,26% acima do registrado uma semana antes. O aumento das apostas reflete a queda da produção nos EUA na atual temporada, apesar da recuperação esperada para os pomares brasileiros em 2017/18. No mercado interno, o preço médio pago pela indústria pela caixa de 10,8 quilos de laranja em São Paulo ficou estável, cotado a R$ 21,21, segundo o Cepea.

Aumento de área As perspectivas em relação às próximas estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para a área plantada com algodão em 2017/18 no país pressionaram os contratos futuros da pluma na bolsa de Nova York ontem. Os papéis com vencimento em julho fecharam a 78,31 centavos de dólar a libra­peso, recuo de 43 pontos. Segundo o USDA, o país deverá elevar em 14,2% a área plantada no país, para 4,65 milhões de hectares, a maior em quatro anos. No relatório que será divulgado na sexta­feira, o mercado espera que esses números sejam revisados para 4,81 milhões de hectares, segundo a média das previsões das principais casas de análise. No mercado interno, o preço médio pago ao produtor na Bahia ficou em R$ 90,97 a arroba, segundo a associação de produtores local, a Aiba.

Chuvas nos EUA As chuvas registradas nos últimos dias no Meio­Oeste e Grandes Planícies dos EUA ­ e que deverão continuar nas próximas semanas no sul do país ­ voltaram a pressionar as cotações do trigo nas bolsas americanas. Em Chicago, o cereal com vencimento em julho fechou a US$ 4,3475 o bushel, recuo de 4,75 centavos. Em Kansas, o grão com entrega para o mesmo mês fechou a US$ 4,3425, queda de 6,75 centavos. As precipitações deverão fornecer a umidade necessária para o desenvolvimento do trigo da safra 2016/17 em um momento em que os estoques americanos estão elevados, o que mantém os preços sob pressão. No mercado interno, o preço médio do trigo praticado no Paraná foi de R$ 597,36 a tonelada, recuo de 0,07%, segundo o Cepea.

Fonte: Valor Econômico 


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