Notícias setorial/mercado

Confiança volta a crescer no campo, segundo Fiesp e OCB

O Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro) calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) registrou forte alta no segundo trimestre deste ano e voltou a superar a marca de 100 pontos, o que não acontecia desde o fim de 2013, quando o indicador começou a ser divulgado.

Conforme Fiesp e OCB, o ICAgro ficou em 102,1 pontos entre abril e junho, 19,5 pontos acima do resultado do primeiro trimestre, quando houve queda de 1,7 ponto em relação ao período imediatamente anterior - que havia registrado o segundo pior resultado da série (82,6 pontos). A escala do índice vai de zero a 200, e 100 é o ponto neutro. O resultado é dimensionado a partir de 1,5 mil entrevistas (645 válidas) com agricultores e pecuaristas de todo o país. Cerca de 50 indústrias também são consultadas.

Em comunicado, as entidades creditam a expressiva mudança de humor a uma "melhora na percepção" da economia e aos "bons preços das commodities". Pelo lado político, o início do governo do presidente interino Michel Temer também deixou boa impressão nas principais cadeias produtivas do setor. "Hoje estamos melhores do que estávamos há três meses e até o final do ano estaremos melhores do que estamos hoje", resume Paulo Skaf, presidente da Fiesp, no comunicado.

Entre os produtores, os dedicados à agricultura estão vislumbrando o cenário mais promissor. O índice que mede especificamente a confiança desse grupo chegou a 104,8 pontos no segundo trimestre deste ano, 10,9 pontos a mais que no primeiro e melhor resultado registrado até agora. Mas o indicador dos pecuaristas também registrou avanço significativo e alcançou a segunda melhor marca da série - 99,8 pontos, 13,9 acima do trimestre anterior -, o que levou o índice dos agropecuaristas também a um novo recorde (103,5 pontos).

No caso das indústrias, a alta do primeiro para o segundo trimestre foi de impressionantes 25,1 pontos, para 101 pontos, num claro sinal de que, para além das questões econômicas, as turbulências políticas vinham sendo encaradas com especial preocupação. Desde o início de 2014 o índice das agroindústrias não superava 100 pontos.

Fonte: Valor Econômico/Fernando Lopes


 


COMPARTILHE: