Notícias setorial/mercado

Conjuntura econômica limita alta da farinha de trigo

Os preços da farinha de trigo no mercado brasileiro subiram este ano, mas a demanda enfraquecida, devido à piora nas condições econômicas do país, tornou mais difícil o repasse do aumento de custos pelos moinhos. Assim, permanece o viés ainda de alta para o produto.

Nas contas de Christian Saigh, presidente do Sindustrigo, houve um aumento médio de 3% a 4% nas cotações da farinha no primeiro semestre de 2016. "Subiu menos que o necessário por conta da redução das vendas. O mercado estava retraído e não aceitou repasses", conta. Entretanto, ele acredita que novos reajustes serão aceitos quando o mercado recuperar força.

Do lado da demanda, o sentimento é que as coisas pararam de piorar. Conforme Cláudio Zanão, presidente-executivo da Abimapi, que representa a indústria de biscoitos, macarrão e pães industrializados, continuam as substituições de itens mais caros por mais baratos. "O consumidor se adequa. Às vezes, não compra da marca preferida, ou compra um pacote menores, revisão de processo e redução de custos para manter as vendas.

Na área de panificação, após uma queda de 10% nas vendas em 2015, a perspectiva é de estabilidade este ano. "Realmente, a roda está começando a andar", diz Antero José Pereira, presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sindipan). "A população continua com pouco dinheiro no bolso, mas ao menos o consumo não está caindo e começa a dar sinais de que vai reagir", conclui.

Fonte: Mariana Caetano/ Valor Econômico.

 


COMPARTILHE: