Quando se trata de alimentação infantil os pais passam a questionar diversos hábitos alimentares da família. Há um extenso cardápio de perguntas sobre o que é melhor para as crianças e também para os próprios adultos. Aqui, a nutricionista Vanderli Marchiori esclarece algumas dúvidas desse público sobre glúten e alimentação.
1-Há muitos alérgicos hoje em dia?
Embora tenha se falado muito sobre a alergia ao glúten, que é a proteína do trigo, na verdade há muito mais alérgicos a leguminosas, como o feijão, do que alérgicos ao trigo. A proporção é de 8 para 1.
2-O glúten é o novo vilão das alergias?
Não. E vale esclarecer que só existe alergia a proteínas. E a quantidade de proteína presente no trigo é muito pequena, pois ele é basicamente uma fonte de carboidrato. Por isso, não deve ser encarado como grande vilão das alergias, nem de crianças e nem de adultos.
3-E quem pode comer glúten?
Por volta de 99% das pessoas não têm alergia ao trigo e podem comer glúten sem restrição. Apenas 1% restante é de pessoas que têm a doença celíaca, que é diferente da alergia. Aqui você sabe mais sobre as diferenças entre o intolerante, o alérgico e o doente celíaco.
4-Quem pode alterar a dieta das crianças?
É um perigo fazer qualquer alteração na dieta das crianças sem orientação médica. Cortar alimentos com glúten, por exemplo, é tirar energia das crianças. Ele é fonte de carboidrato, e, portanto, absolutamente fundamental para o crescimento saudável.
É um perigo fazer qualquer alteração na dieta das crianças sem orientação médica.Cortar alimentos com glúten, por exemplo, é tirar energia das crianças.
5-Como garantir um bom hábito alimentar entre as crianças?
O comportamento alimentar infantil também é consequência de uma boa relação da família toda com os hábitos de alimentação. Comer à mesa sem a distração das telas (de celulares, tablets, televisão, etc), fazer refeições a cada três horas e equilibrar a alimentação de acordo com as porções e grupos sugeridos na pirâmide alimentar, levam a um relacionamento saudável com a comida. Em longo prazo isso significa adultos com menos risco de obesidade e compulsões alimentares, além de mais satisfação à mesa.