Com um pico na oferta mundial de trigo, os preços não dão sinais de reação na bolsa de Chicago. Nesta terça-feira (29/8), os contratos do cereal para dezembro fecharam em queda de 2,67%, com o valor de US$ 6,0050 por bushel.
“Com a finalização da colheita em algumas regiões, estamos em um período que mais entra trigo no mercado. Essa pressão de oferta deve persistir até outubro, e combinada com uma demanda fraca, pode manter os preços em patamares mais baixos”, avalia Jonathan Pinheiro, analista em gestão de risco de trigo da StoneX.
Segundo ele, o sentimento de uma produção cada vez maior na Rússia, o maior exportador mundial de trigo, se mantém entre os agentes de mercado.
“O USDA [Departamento de Agricultura dos EUA] deve trazer em seu relatório mensal ajustes na safra de Rússia e Ucrânia acima do esperado. Para a Europa podemos ver algum corte, mas sem força para criar uma tendência de alta nas cotações”, acrescenta o analista.
Na Ucrânia, nem mesmo a guerra com os russos pode desestimular o plantio de trigo na safra 2024/25, segundo o primeiro vice-ministro da Agricultura ucraniano, Taras Vysotskiy.
Milho
Os preços do milho caíram, com um movimento de realização de lucros e diante das condições melhores que o esperado para as lavouras americanas. Os papéis para dezembro fecharam em queda de 1,91%, a US$ 4,8675por bushel.
Segundo o USDA, até o último domingo (27/8), do total de milho semeado nos EUA, 56% apresentaram boas e excelentes condições, abaixo dos 58% da semana anterior, mas levemente acima dos 55% esperados por analistas de mercado.
O milho seguiu também o movimento de queda nos preços do trigo nesta terça-feira.
Soja
Os preços da soja também caíram na bolsa de Chicago. Os contratos da oleaginosa para novembro fecharam o dia cotados a US$ 13,9250 por bushel, queda de 0,94%.
Os fundamentos do milho também se ajustaram ao mercado da soja em Chicago, principalmente a condição das lavouras de soja.
O USDA informou que o índice de plantas em boas e excelentes condições caiu de 59% para 58% em uma semana. Apesar da redução, os operadores de mercado esperavam uma deterioração de 56%.
Fonte: Globo Rural