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Glúten: vilão ou aliado?

Um passeio pelos corredores dos supermercados mostra o quanto o glúten se tornou protagonista nos últimos tempos. Além das embalagens de vários produtos conterem a inscrição "não contém glúten", já existem espaços reservados para alimentos livres dessa proteína. Tudo para facilitar para quem quer, ou precisa, ter uma dieta livre desse que virou vilão da alimentação saudável.

O radicalismo, no entanto, é desnecessário para quem não tem a doença celíaca, essa, sim, responsável pela indicação de total abstinência da proteína. "Quem não é portador da doença, diagnosticada por meio de exames, não têm necessidade de cortar o glúten da alimentação", explica a médica endocrinologista Myrna Campagnoli, do Laboratório Frischmann Aisengart.

Segundo a médica, quando as pessoas suspendem a ingestão do glúten por conta própria, sem acompanhamento médico, podem acabar desenvolvendo algum tipo de alergia quando voltam a consumir. "Quem tem intolerância, não pode consumir, mas quem não tem não há motivos para suspender totalmente. O corpo precisa de todos os grupos de alimentos. Aqueles que contêm glúten são todos os que são feitos com trigo, cevada, centeio ou aveia. Pães, bolachas, bolos, biscoitos, pão, torradas, cerveja e qualquer massa que leve farinha de trigo, como a massa de pizza, por exemplo, estão incluídos nesse grupo", diz.

Aqueles que têm intolerância ao glúten, começam a perceber vários sintomas ao ingerir esses alimentos, como distensão abdominal, dores de cabeça, edemas nas pernas e braços, diarreia ou constipação intestinal, mas a identificação da alergia só é possível através de exames.

Algumas pessoas acreditam que o glúten está relacionado ao aumento de peso, mas isso também é um mito popular. "A pessoa que deixa de ingerir glúten pode até emagrecer, mas é porque esses alimentos são ricos em carboidratos e, geralmente, mais calóricos", explica. O glúten pode ser um bom aliado de uma alimentação equilibrada desde que não seja consumido em excesso.

Fonte: BioBlog

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