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Grãos/IEA-APTA: São Paulo deve colher 4,68 milhões de t de soja (+3,6%) em 2022/23; milho e trigo recuam

O Estado de São Paulo deve produzir, na safra 2022/23, 4,68 milhões de toneladas de soja, colheita 3,6% acima do verificado no ciclo anterior para uma área apenas 0,8% maior, de 1,274 milhão de hectares. Os números são do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, e fazem parte do 3º levantamento de safra do instituto, realizado entre 1º de junho e 7 de julho. Sobre a soja, o IEA comenta que, mesmo com a queda de preços da oleaginosa, de 30,4% em junho deste ano ante junho de 2022, "a cultura da soja manteve-se ainda em alta em São Paulo".

Quanto ao milho - tanto o de primeira safra quanto o de segunda safra -, o IEA informa que a produção paulista na safra 2022/23 vai alcançar 4,22 milhões de toneladas, queda de 5,9% ante os 4,48 milhões de toneladas colhidas em 2021/22. No caso do milho verão, a safra deve atingir 2,02 milhões de toneladas, forte recuo de 11,6% em relação aos 2,29 milhões de toneladas produzidas na safra anterior.

Já em relação ao milho de inverno (segunda safra), a produção em São Paulo está prevista pelo IEA em 2,193 milhões de toneladas, praticamente estável em relação aos 2,190 milhões de toneladas produzidas em 2021/22. O IEA informa que os resultados do milho mostram queda em área, produção e produtividade em 2022/23. "Provavelmente, os preços recebidos pelos produtores foram um fator importante para essa redução", avalia. "Em junho de 2022, os produtores receberam em média R$ 84 por saca e, um ano depois, o valor recebido caiu para R$ 51,42, queda de 38,7%."

Sobre o milho de segunda safra, o IEA diz que, "embora a produtividade deste levantamento seja superior à safra anterior, ela foi 18,6% inferior à observada no levantamento de abril de 2023". Para o IEA, "as temperaturas acima da média para o período influenciam neste resultado".

Por fim, em relação ao trigo, a colheita paulista deve atingir 409,5 mil toneladas, ou 4% menos do que o obtido na safra anterior, consequência da redução de 3,8% na área cultivada, de 126,4 mil hectares. "Nessa relação, a produtividade se mantém estável (variação positiva de 0,4%) em 3.240 kg/ha", diz.

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