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Greve causa prejuízo de R$ 225 milhões aos moinhos

"Um cálculo feito a grosso modo registra que cerca de 112,5 mil toneladas de farinhas não puderam ser entregues nos últimos 5 dias de greve dos caminhoneiros, desta semana, ou algo como 22,5 mil toneladas/dia, no Brasil, num valor médio de R$ 225 milhões de prejuízo do setor". A informação é da Consultoria Trigo & Farinhas.

O analista Luiz Fernando Pacheco explica que as entregas de trigo em grão, embora também sejam importantes, representam menos problemas porque os moinhos têm, geralmente, estoques para suprir um mês a frente, podendo esperar o fim da greve para repô-los. 

"A rigor, não será um prejuízo total definitivo, porque poderá ser recuperado com a aceleração do ritmo de entregas, nos próximos 20 dias, mas é um prejuízo, na medida que atrasa o faturamento e as receitas dos moinhos, que deverão usar dinheiro que está aplicado para poder continuar girando o seu negócio", comenta Pacheco.

Segundo ele, sem poder receber matéria prima e sem poder embarcar farinhas, a maioria dos moinhos estava com seus portões fechados, o que não significa, necessariamente, que suas atividades internas estavam canceladas. "Trabalharam até ocupar os espaços destinados aos seus estoques. Durante a greve visitamos 2 moinhos, um estava totalmente parado e outro funcionando normalmente", conta ele. 

"Outro efeito da greve é que os preços das farinhas ficaram congelados no alto. Os preços das farinhas estão do agrado dos moinhos atualmente, mas talvez devido à falta de condições de entrega, a implantação de nossos preços tenham que ser adiados por uma semana. Quanto tempo vai demorar a retomada da normalidade? De 10 dias a 2 meses, segundo os técnicos do setor", conclui.

Fonte: Agrolink


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