Notícias setorial/mercado

Mercado de trigo encerra maio com perspectiva de alta nos preços

Porto Alegre, 2 de junho de 2017 - O mercado brasileiro de trigo encerrou o mês de maio com perspecvas posivas para a formação de preços no âmbito domésco, tendo em vista as oscilações cambiais que atualmente repercutem a instabilidade políca no país. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, atualmente o câmbio favorece o trigo produzido no Brasil, devido ao encarecimento, pelas paridades de importação, do grão proveniente do mercado externo. "Além disso, o volume comercializável no país também já é reduzido. A comercialização já supera 90% no Paraná, e fica perto disso no Rio Grande do Sul, tendo em vista que já havia ultrapassado os 85%.

Desta forma, uma relava escassez de oferta também favorece elevações de preços no país". Dentro desta conjuntura, conforme o analista, para os úlmos meses do ano comercial são aguardadas elevações das cotações no âmbito domésco, caso não ocorra mudanças mais significavas no câmbio. Assim, os preços podem começar o próximo ano comercial mais atravos aos produtores. "Vale ressaltar que o câmbio atual, ainda não é o ideal para o trigo nacional, apesar de já trazer maior espaço de compevidade frente o trigo externo. O cambio atualmente gira em torno de R$ 3,25 na maioria do tempo, enquanto o ideal seria que este valor ficasse igual ou superior a R$ 3,30", finaliza. No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral), informou que o plano de trigo para a safra 2016/17 ange 70% da área esmada para o estado, de 992,470 mil hectares.

A área deve recuar 10% frente aos 1,099 milhão de hectares culvados na safra 2015/16. Conforme o Deral, 100% das lavouras estão em boas condições, divididas entre as fases de germinação (10%) e crescimento vegetavo (90%). Já no Rio Grande do Sul, o plano da nova safra de trigo se encontra totalmente paralisado devido às pesadas chuvas ocorridas em todas as regiões produtoras, ficando estagnado em 3% registrados até 25 de maio. Na média esse percentual deveria estar em 30%. Segundo bolem semanal da Emater/RS, a preocupação dos produtores está na probabilidade de connuação das chuvas nos próximos períodos, atrasando ainda mais o plano, passando inclusive do período preferencial em algumas lavouras. Outro fato a considerar é a possibilidade que a colheita adentre no período de plano da próxima safra de soja que inicia com mais força em outubro.

O plano do trigo na região de Santa Rosa, no norte do Rio Grande do Sul, não avançou na úlma semana. Segundo o engenheiro agrônomo da Cotrirosa, Taciano Reginao, os trabalhos seguem abaixo dos 5% da área, esmada em 9 mil hectares. O excesso de chuvas sobre a região é que vem atrasando o implante. "Normalmente, esse período do final de maio seria o momento forte do plano por aqui, mas temos recebido bastante chuva. Na região central do estado, zona de atuação da Cotrijuc, em Júlio de Caslho, os trabalhos ainda não foram iniciados devido ao excesso de chuvas na úlma semana. Já em Panambi, no noroeste do RS, o implante também ainda não foi iniciado.

Segundo o engenheiro agrônomo da Cotripal, Denio Oerlecke, excesso de chuvas atrapalha o começo dos trabalhos, que estaria ocorrendo agora, em caso de tempo bom. A meteorologia indica chuvas para a próxima semana e durante boa parte do mês de junho.

Fonte: Safras & Mercado


COMPARTILHE: