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Mercado de trigo no Sul do Brasil enfrenta baixa liquidez

De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Sul do Brasil segue enfrentando grandes dificuldades de liquidez, reflexo de uma demanda fraca e estoques alongados nos moinhos. No Rio Grande do Sul, a falta de negócios é evidente, com cotações para dezembro em R$ 1.250,00 CIF na Serra, valor considerado inviável para os vendedores. Para janeiro, as ofertas variam entre R$ 1.220,00 e R$ 1.230,00 no interior, mas a liquidez permanece baixa. Moinhos de fora ainda demonstram algum interesse para este período, mas as negociações são pontuais.


Em Santa Catarina, o cenário é semelhante, com mercado lento devido à baixa demanda por farinhas. Os moinhos indicam R$ 1.350,00 CIF para trigo diferido, enquanto os vendedores pedem preços mais elevados, dificultando os negócios. Já os preços pagos aos triticultores catarinenses variaram durante a semana: subiram para R$ 74,75 em São Miguel do Oeste e R$ 74,00 em Canoinhas, enquanto recuaram para R$ 68,00 em Rio do Sul e R$ 76,00 em Xanxerê.


No Paraná, a competitividade do trigo paraguaio e o custo inferior do trigo argentino em comparação ao gaúcho pressionam o mercado. Apesar disso, os vendedores paranaenses mantêm pedidos altos, entre R$ 1.450,00 FOB e R$ 1.500,00 CIF moinho, enquanto as indicações nos moinhos giram em torno de R$ 1.450,00. Com muitos produtores ainda colhendo e vendendo, os preços podem permanecer estáveis até o fim da colheita.


O setor de trigo enfrenta um momento de ajustes, marcado pela disparidade entre as expectativas de vendedores e compradores. Os próximos meses serão decisivos para definir o equilíbrio de preços e volumes negociados.


Fonte: Agrolink


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