As negociações envolvendo trigo seguem pontuais no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, apesar da maior presença compradora, produtores continuam focados na colheita da safra verão. A semeadura da nova safra de trigo deve iniciar em abril.
Quanto aos preços, levantamento do Cepea mostra que as cotações internas do grão seguem enfraquecidas. Nesta segunda-feira (18/3), no mercado do Rio Grande do Sul, maior produtor nacional de trigo, o indicador Cepea/Esalq indicava preço médio de R$ 1.161,36 a tonelada, uma queda de 0,23% desde o início de março.
Novas estimativas sinalizam queda na área cultivada com trigo na temporada 2024, por conta dos valores menos atrativos. Ainda assim, se a produtividade ficar dentro da média, a oferta pode superar a do ano anterior.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a área nacional em 3,26 milhões de hectares para 2024, sendo 6% menor que a do ano passado. No entanto, a produtividade média nacional pode crescer 26%, indo para 2,937 toneladas por hectare, o que resultaria em produção de 9,587 milhões de toneladas, 18,4% acima da colhida em 2023.
Fonte: Globo Rural