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Plantio de trigo continua indefinido no Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, em seu primeiro prognóstico de maio para a safra de trigo 2014 prevê queda de 2% no plantio para 1,36 milhão de hectares. Na avaliação dos técnicos do Deral, "o clima de indecisão por parte dos produtores ainda não se dissipou totalmente, o que pode gerar novas revisões dos dados ao longo do período de plantio, que só se encerra em julho".

O levantamento de campo realizado pelo Deral mostrou que o plantio de trigo atingiu nesta semana 30% da área prevista, com atraso de seis pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Os técnicos explicam que o atraso se deve à falta de condições ideais de umidade no solo no começo de abril, quando o plantio esteve mais atrasado.

Segundo eles, nas últimas semanas houve precipitações suficientes para zerar o déficit hídrico na maior parte do estado, o que fez com que o plantio avançasse significativamente, especialmente no Norte Pioneiro do Paraná. "Na última semana de abril o plantio avançou 18 pontos percentuais", dizem os técnicos. As condições das lavouras em campo são consideradas boas, com apenas 1% apresentando desuniformidade na emergência por terem sido plantadas antes das chuvas.

Mercado

No boletim sobre o mercado de trigo, os técnicos do Deral observam que os preços recebidos pelo produtor tiveram uma reação em abril, chegando a R$ 34,37 a saca de 60 kg. O valor foi 10% superior ao registrado em março deste ano, mas ainda 19% abaixo dos R$ 42,58 recebidos em abril do ano passado. Os técnicos comentam que com esta reação as cotações atuais do trigo se aproximam do preço de garantia sinalizado pela política de preços mínimos do governo federa para a próxima safra, que deve ser reajustado em 4,5% e chegar próximo a R$ 35,00.

As sondagens feitas pelo Deral no mercado constatou que as vendas antecipadas de trigo neste ano estão ainda menos relevantes que as do ano passado, não chegando a 1% da projeção de safra. Os técnicos lembram que em maio de 2014 havia mais de 50 mil toneladas já comprometidas, enquanto nesta safra o volume não chegou a 30 mil toneladas.

Os técnicos calculam que 10% da safra colhida em 2014 ainda está disponível com os triticultores, um volume menor que a média para o período, que é de 20% nas últimas safras, "mostrando uma liquidez razoável". Eles destacam que os preços internos do trigo continuam descontados em relação à paridade com o produto importado, "o que mostra um potencial de valorização na entressafra, que caso ocorra, deve se manter apenas até o começo da colheita, em agosto, se não houver fatos novos".

Fonte: Revista Globo Rural


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