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Rendimento brasileiro é o segundo maior da história

São Paulo - A produção brasileira de grãos deve encerrar o ciclo 2017/2018 com um total de 228,33 milhões de toneladas, a segunda maior da história do País, representando queda de 3,9% (menos 9,4 milhões de toneladas) em comparação com o período anterior, quando atingiu recorde de 237,67 milhões de toneladas. Isso é o que mostra o 12º e último levantamento sobre a safra 2017/18 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado ontem.

O resultado também é 0,1% menor (234 mil toneladas a menos) ante o levantamento anterior, de agosto, quando a Conab estimou a safra 2017/18 em 228,57 milhões de toneladas.

A área manteve-se próxima à estabilidade, com ligeira alta de 1,4% (mais 859,8 mil hectares), passando de 60,9 milhões de hectares para recorde de 61,7 milhões de hectares.

Segundo a Conab, a área só não foi maior porque houve redução na área de milho primeira e segunda safras. Em relação à safra anterior, a área de milho primeira safra reduziu de 5,48 milhões para 5,08 milhões de hectares e a área de segunda safra reduziu de 12,10 milhões para 11,56 milhões de hectares em razão, principalmente, da expectativa futura de mercado.

A soja continua como importante destaque entre as culturas analisadas, apresentando crescimento de área e produtividade. A oleaginosa registrou produção recorde, atingindo colheita de 119,28 milhões de toneladas, aumento de 4,6% em comparação com a safra anterior (118,99 milhões de toneladas).

A safra total de milho deve alcançar 81,36 milhões de toneladas, queda de 16,8% ante a safra anterior (82,18 milhões de toneladas). Do total da produção de milho, 26,8 milhões de toneladas (menos 12%) deverão ser colhidas na primeira safra e 54,5 milhões de toneladas (menos 19,1%) na segunda safra.

A Conab destaca, ainda, a estimativa de aumento da produção de algodão em pluma, calculada em 2 milhões de toneladas, representando aumento de 31,1% em relação à safra passada. A área plantada com a bra deve atingir 1,17 milhão de hectares, o que representa um crescimento de aproximadamente 25%, e uma produtividade (algodão em caroço) de 4.267 quilos por hectare.

A safra total de feijão deve alcançar 3,11 milhões de toneladas (queda de 8,3% ante 3,18 milhões de toneladas em 2016/17). A primeira safra de feijão está projetada em 1,28 milhões de toneladas (queda de 5,8%). A segunda safra da leguminosa deve atingir 1,21 milhões de toneladas (mais 1,2%) e a terceira safra do grão está projetada em 619,2 mil toneladas (menos 26,1%).

A produção de arroz deve cair 2,1%, de 12,03 milhões de toneladas para 12,07 milhões de toneladas. Já a safra de trigo, cultivado no inverno, deve ser de 5,24 milhões de toneladas, em comparação com 5,14 milhões de toneladas em 2017, representando aumento de 22,9% entre os dois períodos.

 

Fonte: Diário do Comércio


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