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Safra avançada e mercado ainda lento no trigo

A colheita de trigo avança no país em ritmos diferentes e com desafios distintos entre os

estados, segundo a TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, a safra está praticamente

concluída, com mais de 92% das áreas colhidas e expectativa de volume abaixo do

estimado por órgãos oficiais. A produção é trabalhada pelo mercado em cerca de 3,5

milhões de toneladas, enquanto a qualidade segue irregular, marcada por bons parâmetros

físicos, mas limitações de glúten, força e estabilidade.  

Parte dos lotes no início da colheita apresentou níveis elevados de DON, reduzindo o uso

industrial e direcionando cerca de 10% para ração. A expectativa é de que a padronização

melhore após descanso dos grãos. Moinhos do estado tendem a consumir 1,5 milhão de

toneladas ao longo de 12 meses e complementar blends com 400 mil toneladas

importadas. As negociações atingiram 1,2 milhão de toneladas, o equivalente a 34,28% da

safra, com preços entre R$ 1.080 e R$ 1.150 nos moinhos e recuo para R$ 54 ao produtor

em Panambi.


Em Santa Catarina, o avanço da colheita confirma boa qualidade, com PH chegando a 87
em alguns casos, apesar de relatos de baixa produtividade. A diferença entre pedidos de
vendedores e ofertas de compradores mantém o mercado lento, com indicações entre R$
1.100 e R$ 1.150 CIF. Os preços pagos aos triticultores oscilaram entre R$ 60,33 e R$ 64 por
saca conforme a região. 
No Paraná, o mercado segue travado com moinhos abastecidos e focados em 2026. As
ofertas variam de R$ 1.170 a R$ 1.280 CIF conforme prazo e localização. A entrada do trigo
importado, com preços entre US$ 240 e US$ 260, tornou-se alternativa competitiva diante
da queda do dólar. Os valores pagos aos produtores recuaram para média de R$ 63,71,
ampliando o prejuízo estimado, apesar das oportunidades anteriores no mercado futuro.

Fonte: Clique F5

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