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Safra de trigo 2025: produtividade recorde no Paraná com alta tecnologia agrícola, colheita mecanizada e estabilidade climática

Mesmo diante de desafios climáticos, a safra de trigo 2025 no Paraná atinge produtividade recorde, apoiada por tecnologia agrícola, mecanização e condições favoráveis na reta final da colheita

A safra de trigo 2025 no Paraná avança de forma expressiva e promete alcançar um marco histórico de produtividade, consolidando o Estado como referência nacional em eficiência agrícola, segundo uma matéria publicada.


Dados do Boletim de Safra do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), divulgados no fim de outubro, apontam que cerca de 83% dos 819 mil hectares cultivados já foram colhidos, com rendimento médio superior a 3.300 kg por hectare.


Mesmo após um ciclo marcado por chuvas irregulares, o cenário indica desempenho inédito, superando o recorde de 2016, que era de 3.173 kg/ha.

Os números refletem o avanço técnico do campo e o uso crescente de manejo sustentável, mesmo diante da redução de 25% na área cultivada em relação ao ano anterior, que somava 1,11 milhão de hectares.


Segundo Hugo Godinho, coordenador da Divisão de Conjuntura do Deral, as áreas do Sul do Estado, que ainda finalizam a colheita, devem reforçar o desempenho excepcional.


O resultado reforça o papel estratégico do Paraná na produção nacional, ainda que o volume total, estimado em 2,75 milhões de toneladas, seja inferior ao de 2023, quando foram colhidas 3,66 milhões.


Safra de trigo 2025 e o papel da tecnologia agrícola no aumento da produtividade

O salto de produtividade na safra de trigo 2025 é resultado direto da modernização tecnológica, com o uso de sementes mais resistentes, sistemas de irrigação otimizados e colheitadeiras de alto desempenho.


Mesmo com menor investimento em insumos, o agricultor paranaense se beneficiou do clima estável das últimas semanas, que favoreceu a secagem natural dos grãos e reduziu perdas.


O relatório do Deral destaca que a soja, com 5,77 milhões de hectares, segue como principal cultura estadual, enquanto o milho expandiu sua área de plantio em cerca de 20%, impulsionado pela estabilidade de preços, em torno de R$ 52,00 por saca.


Já o trigo, apesar do recorde de rendimento, enfrenta desafios econômicos: o preço médio pago ao produtor, de R$ 64,00 por saca, está abaixo do custo variável de produção, calculado em R$ 73,00.


Essa defasagem pressiona a rentabilidade e reforça a necessidade de políticas de incentivo e crédito agrícola mais robustas.


Ainda assim, a modernização do campo tem garantido eficiência operacional e melhor aproveitamento do solo.


O uso de drones para mapeamento e pulverização, aliado a análises de solo de alta precisão, tem reduzido desperdícios e aumentado a sustentabilidade das lavouras.


Com isso, o Paraná se consolida como um dos estados mais avançados em inovação aplicada ao agronegócio.


Fonte: Click Petróleo e Gás


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