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Safra e câmbio pressionam as cotações da soja, milho e trigo e reduzem a comercialização pelos produtores

Os elevados números da produção mundial e do estoque final na safra 2016/17, ano comercial 2017, continuam pressionando a queda das cotações das três commodities. A produção e o estoque de trigo aumentam para 751 e 250 milhões de toneladas, da soja para 341 e 83 milhões de toneladas e do milho para 1.049 e 221 milhões de toneladas.

No Brasil, a CONAB elevou a produção de soja e milho para 108 e 89 milhões de toneladas. Mas estimativas de mercado indicam a safra de soja em torno de 110 milhões de toneladas e a de milho superior a 95 milhões de toneladas. A área plantada e a produção de trigo em 2017 serão menores do que os números verificados na safra 2016, em função dos baixos preços recebidos pelos produtores na comercialização, quando a produção brasileira foi de 5,65 milhões de toneladas. 

Para a safra americana 2017/18, em início de plantio, os primeiros levantamentos apontam aumento da área plantada de soja e queda nas de milho e trigo, mas sem provocar redução significativa nos estoques mundiais destes produtos no ano comercial de 2018.

Os preços internacionais dos três produtos mantém a queda lenta e nada indica mudança de direção, em curto prazo. Da soja, para menos de U$ 10 o bushel, do milho para U$ 3,5 a 3,8 e do trigo para U$ 4,2 a 4,4 o bushel.

A taxa de câmbio no Brasil se mantém no intervalo entre R$ 3,1 a R$ 3,2, muito abaixo da considerada de equilíbrio e não dá sinais de aumento.

O preço interno da soja, no porto de Paranaguá, reduziu para R$ 66,8 a saca e do milho para R$ 29,0 a saca, para entrega em setembro. Os preços recebidos pelos produtores paranaenses de trigo, entre R$ 31,0 a 32,0 a saca, se mantém significativamente abaixo dos preços mínimos. 

A comercialização da soja e do milho pelos produtores está mais lenta do que na safra passada. No Paraná, atinge entre 25% a 30% da safra nos dois produtos e do trigo 90%. Quem fez a comercialização antecipada, a preços mais elevados, ganhou dinheiro. Quem não fez, a vendas em pequenos lotes, de forma parcelada, é a melhor estratégia.

A única hipótese que poderia elevar os preços de mercado destes produtos é uma significativa quebra na safra mundial e americana 2017/18 e, no caso do milho no Brasil, a quebra da segunda safra ou o aumento da exportação para 35 milhões de toneladas.

Fonte: Massa News

 


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