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Seca nos Estado Unidos faz trigo subir em Chicago

Os futuros de trigo subiram durante as negociações da noite, na bolsa de Chicago, devido a algumas compras de técnicas dos fundos de investimento depois de notícias de tempo seco nos EUA. Os lotes para maio, os mais negociados, estão cotados agora a US$ 5,6875 o bushel, 2,3% mais que no último fechamento.


De acordo com o Monitor de Secas dos EUA, 78% do Kansas, o maior produtor de trigo de inverno do país, registrava um clima extremamente seco ou condições de seca a partir de 2 de abril. Isso representa um aumento em relação aos 64% da semana anterior. No caso de Oklahoma, o percentual do estado com forte seca passou de 34% para 38% em sete dias.


Segundo Bob Linneman, corretor de commodities da Kluis Commodity Advisor, os fundos estavam muito vendidos (apostando na queda) em trigo e usaram a notícia para recomprar papéis.


Entretanto, o excedente de oferta na região do Mar Negro não deve permitir que o cereal suba por vários dias, alertou o analista.


Soja

Os preços da soja para maio sobem 0,13%, a US$ 11,81 o bushel


“Não há nenhum fundamento realmente novo em jogo no momento. Nem mesmo o aumento de área na safra 2024/25 dos EUA, pois esse aumento já era amplamente esperado pelo mercado”, afirmou Daniele Siqueira, analista da AgRural.


Ela lembroou que diante da falta de novidades com a safra do Brasil, Argentina, e com a demanda da China, o mercado da soja seguirá direcionado por questões técnicas.


A consultoria Céleres também indicou em relatório que o preço da soja não deve passar de US$ 12 o bushel este ano e, se a safra americana for grande, pode até abaixar de US$ 11 o bushel.


Milho

Os contratos de milho para maio têm alta de 0,4%, a US$ 4,3725 o bushel.


Daniele Siqueira disse que o milho ganhou algum impulso recentemente após o Departamento de Agricultura americano indicar uma redução na área plantada nos EUA acima do esperado pelo mercado.


Enquanto o número oficial indicou uma área de 36,42 milhões de hectares, a aposta de analistas de mercado era de 37,24 milhões.


“Muita gente acredita que o número do USDA está subestimado e que há espaço para a área de milho não cair tanto. Essa percepção limita as tentativas de alta das cotações e só deve mudar caso ocorram problemas climáticos durante o plantio”, ressaltou Daniele.


Para ela, mesmo que a área de milho seja muito menor como prevê o, o quadro de oferta e demanda dos EUA tende a continuar bastante “tranquilo” na nova temporada. “A não ser que haja quebra de safra mais à frente por clima ruim”, finalizou.


Fonte: Globo Rural


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