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Soja, milho e trigo avançam na bolsa de Chicago

A soja terminou a sessão na bolsa de Chicago com preços em alta, mas ainda sem fatores suficientes para determinar uma nova tendência no mercado. Nesta quinta-feira (21/3), os lotes com entrega para maio subiram 0,21%, a US$ 12,12 o bushel.


“A soja vem em recuperação técnica nesta semana, com a combinação de fatores considerados positivos pelos investidores, como a estagnação dos juros americanos, e ainda um leve aumento nas vendas do grão nos EUA”, destaca Vlamir Brandalizze, consultor de mercado.


Nesse sentido, o saldo líquido de vendas de soja pelos americanos (resultado de novos contratos e cancelamentos) da temporada 2023/24 somou 494 mil toneladas na semana encerrada em 14 de março, informou nesta quinta o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).


O volume registrado subiu 31% em relação à semana imediatamente anterior e 86% da média das últimas quatro semanas.


Ao falar sobre tendência dos preços, Brandalizze diz que o mercado de soja ainda passa por uma “queda de braço” entre os investidores, que ora compram papéis aproveitando a baixa nos preços, mas em outros momentos favorecem a pressão de baixa, diante das perspectivas para a produção.


Uma definição mais clara sobre o rumo das cotações poderá ser conhecida na próxima quinta-feira (28), quando o USDA divulgará novas projeções para área de plantio nos EUA em 2024/25. Caso consultorias já apontem nos próximos dias um número acima da primeira estimativa do órgão (35,41 milhões de hectares), as chances para um recuo da soja aumentam consideravelmente, segundo Brandalizze.


Milho

Nos negócios do milho na bolsa americana, os contratos com entrega para maio subiram 0,40%, com o valor de US$ 4,4075 o bushel.


Para Vlamir Brandalizze, a valorização se justifica por duas razões. A primeira delas é que o cereal estava “muito barato” em Chicago, após atingir a marca dos US$ 4 o bushel. “Isso abriu oportunidade para quem tem demanda, como a indústria de carnes e até mesmo a de etanol nos EUA”, lembra o consultor.


Investidores também já se antecipam diante de um possível corte na área que será plantada com milho nos solos americanos na temporada 2024/25.


A primeira estimativa divulgada pelo USDA, em fevereiro, apontava para uma área de 36,83 milhões de hectares, inferior as 38,28 milhões plantadas neste ciclo.


Trigo

Os preços do trigo subiram, a despeito da demanda fraca pelo produto dos EUA, e da oferta da Rússia cada vez mais forte. Os contratos para maio fecharam em alta de 0,32%, a US$ 5,4675 o bushel.


A procura por trigo americano não dá sinais de reação em segue em baixa. O saldo líquido das vendas do país ficou negativo em 109,6 mil toneladas na semana encerrada no dia 14 de março, versus um saldo positivo de 80 mil toneladas registradas na semana imediatamente anterior, de acordo com o USDA.


Em outra ponta, o maior exportador de trigo do mundo, a Rússia, segue com prognósticos favoráveis de produção.


A consultoria SovEcon elevou de 93,60 milhões de toneladas, para 94 milhões sua projeção para colheita russa na safra 2024/25. Se confirmado, o volume superaria os 92,80 milhões de toneladas esperadas para 2023/24, e também ficaria acima das 86,70 milhões da média dos últimos cinco anos, segundo a consultoria.


Fonte: Globo Rural


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