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Trigo caro e queda no consumo apertam margens de moinhos brasileiros

Se o consumo limita a receita dos moinhos, elevações nos preços do trigo e em custos, como o da eletricidade, elevam substancialmente as despesas das empresas.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, as indústrias estão comprando praticamente o que irão moer no mês, sem formar estoques, relatou o corretor especializado em trigo João Vargas, da corretora Agrisoy, de Porto Alegre.

"Os moinhos vendem a farinha e aí vão atrás do trigo", contou ele. "Tenho vários lotes de trigo aqui e não estou conseguindo colocar no mercado."

Em 2015, o Brasil colheu 5,5 milhões de toneladas de trigo, segundo a Conab, e precisou importar 5,75 milhões de toneladas.

Esse movimento habitual de compras externas, em conjunção com uma alta de 48,5 por cento no câmbio no ano passado, ajudou a catapultar os custos das indústrias nos últimos meses.

Os preços do trigo no oeste do Paraná, por exemplo, acumulam alta de cerca de 30 por cento nos últimos 12 meses, segundo dados do Cepea.

"Tudo é dolarizado, a importação baliza o mercado interno", lembrou o executivo do moinho, que pediu para não ser identificado.

Nos próximos meses, com o consumo gradual do estoque do trigo colhido em 2015, as importações deverão se acelerar. 

Fonte: Reuters


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