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TRIGO: COM SAFRA MENOR QUE A PREVISTA, SETOR ARTICULA MEDIDAS DE APOIO À COMERCIALIZAÇÃO

Campinas, 23/10/2017 - Com 80% do trigo colhido no Paraná e outros 6% no Rio Grande do Sul, principais Estados produtores do cereal, entidades do setor já se articulam junto ao governo federal para a liberação de instrumentos de apoio à comercialização. Durante o Congresso Nacional da Indústria do Trigo, realizado hoje em Campinas (SP), participantes destacam que, por causa de problemas climáticos, como chuvas excessivas, a produção brasileira do cereal na safra de 2017 deve ficar abaixo dos 4,2 milhões de toneladas estimadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Além disso, os preços de mercado já estão abaixo do mínimo, de R$ 37,26/saca no Paraná.

"Sabemos que o governo tem pouco recurso disponível (para comercialização), mas já falamos com o Ministério da Agricultura para entrar com leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e Prêmio para o Escoamento de Produto (PEP)", diz o presidente da Comissão de Trigo da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Hamilton Jardim. Segundo ele, os valores exatos para as operações só serão conhecidos quando a portaria for aprovada e publicada.

O presidente da Câmara Setorial de Culturas de Inverno, Flávio Turra, avalia que o trigo deverá dividir espaço com o arroz nos leilões de PEP e Pepro, para que os recursos do governo sejam otimizados e os preços de ambas as culturas fiquem equalizados. Ainda não se sabe qual valor será direcionado para apoiar cada cultura. No Paraná, os agricultores estão recebendo entre R$ 32 e R$ 33 por saca do cereal e a expectativa é de que este preço suba para o mínimo. No Rio Grande do Sul, o trigo gaúcho chega a ser vendido por R$ 25 a R$ 27 por saca e o objetivo é elevar o preço para o mínimo de R$ 33,65 por saca.

Fonte: Agro News 
 


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