Com uma situação de oferta confortável no curto prazo e retração da demanda dos Estados Unidos, o trigo manteve nesta quinta-feira (11/1) a tendência de queda já observada na bolsa de Chicago há tempos. Assim, os lotes para março recuaram 1,15%, negociados a US$ 6,0375 o bushel.
Pelo lado da demanda, o saldo líquido de vendas de trigo americano (resultado de novos contratos e cancelamentos) da temporada 2023/24 somou 128,1 mil toneladas no período de sete dias encerrado em 28 de dezembro, com queda de 3% na comparação com a semana anterior.
Ademais, os agentes aguardam novas informações sobre a safra americana e global de trigo. Nesta sexta-feira (12), o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) apresentará seus dados de demanda e oferta mundial.
Um dos números aguardados é sobre o plantio de trigo de inverno americano na safra 2024/25. A média da aposta dos analistas é de uma área de 14,53 milhões de hectares, menor que os 14,85 milhões da temporada passada.
Ainda que se confirme uma área de cultivo menor, os relatos de bom desenvolvimento da safra dão otimismo com a colheita, reforçando as quedas na bolsa de Chicago.
Milho
Mais uma vez o balanço de oferta confortável do milho em grandes fornecedores mundiais pesou sobre as cotações. Os papéis do cereal para março fecharam o pregão em queda de 0,38% US$ 4,5775.
Como já vem acontecendo nos últimos meses, as indicações de uma oferta cada vez maior pesaram negativamente nos preços futuros. O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) elevou a estimativa de safra global de grãos para 2,307 bilhões de toneladas no ciclo 2023/24, alta de 2% em relação ao último relatório divulgado em novembro de 2023. O aumento na produção de milho nos EUA neste ciclo pautou o ajuste positivo, segundo o IGC.
Soma-se a esse cenário os ajustes positivos para a Argentina. Ontem, a Bolsa do Comércio do Rosário projetou uma colheita de 59 milhões de toneladas para o país, 64% maior do que a da safra anterior, e ainda um recorde.
Fonte: Globo Rural