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Trigo, milho e soja operam em alta na abertura da bolsa de Chicago

Os contratos futuros de trigo iniciaram o pregão desta sexta-feira (11/4) com forte valorização na Bolsa de Chicago, subindo 2,14% e negociados a US$ 5,4950 por bushel nos papéis com entrega para maio. O movimento positivo ocorre após a commodity ter encerrado a sessão de ontem com queda de 0,78%.


De acordo com análise da consultoria Trading Economics, a alta nos preços é impulsionada principalmente pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de adiar parte dos aumentos tarifários planejados, e a fraqueza do dólar frente a outras moedas, beneficiando as exportações americanas.


Por outro lado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), elevou ontem as estimativas de estoques finais para a safra 2024/25 para 260,7 milhões de toneladas. No último relatório, divulgado em março, a estimativa era de 260,08 milhões de toneladas. Os estoques finais americanos também foram ajustados para cima.


Milho

O milho para maio volta a subir após avançar 1,9% no pregão de quinta-feira, com alta de 0,88%, cotado a US$ 4,8725 por bushel, impulsionados pela decisão do presidente Trump de suspender parte dos aumentos tarifários planejados e pela revisão do USDA, que apertou sua projeção de oferta.


Além disso, a forte desvalorização do dólar, em meio à intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China, ofereceu suporte adicional aos preços, avalia a Trading Economics. Nesta sexta-feira, o governo chinês anunciou que elevará as tarifas sobre todas as importações norte-americanas para 125%, em retaliação ao movimento de Trump, que na véspera havia aumentado as tarifas sobre produtos chineses para 145%.


Por outro lado, a Administração Trump reduziu novamente as tarifas sobre importações de parceiros estratégicos como México e Japão para uma base de 10%, enquanto avança nas negociações de um novo acordo comercial com Tóquio.


Soja

A soja, por sua vez, sobe 1,09%, a US$ 10,4025 por bushel após fechar em alta de 1,6% no pregão de ontem. A pressão altista se deve, sobretudo, ao anúncio das taxas chinesas sobre as importações americanas.


Além disso, o USDA reduziu sua projeção de oferta, com estoques finais 1,3% menores que na última estimativa.


Fonte: Globo Rural


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