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Trigo: ministro receberá reivindicações para a cadeia

O anúncio foi nesta quarta-feira (8), pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ernani Polo, durante o Fórum Cultura do Trigo, no auditório central do parque.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, receberá amanhã, quinta-feira (9), na Expodireto Cotrijal, um documento em que o governo gaúcho e a cadeia produtiva do trigo solicitam medidas para resolver alguns gargalos da produção do cereal, como logística, taxa de cabotagem e armazenagem. Na mesma linha de argumentação, o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, ressaltou a importância de o evento adotar uma posição clara em relação à cultura, que precisa de soluções para motivar os produtores.

A fala dos dois líderes serviu de estímulo para que os painelistas do fórum apresentassem dados que confirmam a importância do trigo para os que o produzem ou mesmo para outras culturas. Na avaliação do agrônomo Elmar Luiz Floss, consultor em Agronegócios no Instituto de Ciências Agronômicas (Incia), o produtor precisa olhar o trigo dentro do sistema de produção, agregando renda pela produtividade e qualidade do grão. "Hoje, o cultivo do trigo está atrelado a questões política e à desorganização da cadeia. Não é uma questão técnica. É melhor plantar em uma área menor com tecnologia do que em um espaço maior sem técnica adequada", destacou. 

Para o agrônomo e produtor Irineu José Pedrollo, consultor em Agroindústria na I&MP Consult, o Rio Grande do Sul tem condições para produzir entre 1 milhão de hectares e 1,4 milhão de hectares. Na safra passada, o cereal foi semeado em 780 mil hectares. Para praticamente dobrar esta área, na sua avaliação, são necessárias três variáveis: liquidez, rentabilidade e qualidade. "Rentabilidade precisa de preço e produtividade. Maior produtividade gera necessidade de maior liquidez. E maior preço só se consegue com melhor qualidade e com clientes satisfeitos", ensinou.

Durante o fórum, representantes da Cooperativa Tritícola Misto Campo Novo (Cotricampo) apresentaram como case de sucesso o processo de segregação do trigo, com o aumento a área semeada do cereal para pão e com o cultivar branqueador entre 2012 e 2016. "São estratégias que objetivam agregar mais valor ao produtor. Não é solução definitiva, mas uma forma de enfrentarmos os problemas", destacou o presidente da cooperativa. Como resultado, a Cotricampo conseguiu R$ 30,00 pela saca de 60 quilos, enquanto a média no Estado foi de R$ 28,00. Melhor desempenho teve o trigo branqueador: R$ 37,00.

Fonte: Uirapuru


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