Os sinais de aumento na produção de trigo no maior produtor mundial, a Rússia, determinaram uma forte queda nos preços na bolsa de Chicago.Os contratos para março caíram 2,01% na sessão desta quarta-feira (14/2), a US$ 5,8550 o bushel.
Os preços do trigo responderam a um aumento potencial nas exportações da Rússia. O país supostamente aumentou a sua cota de exportação de grãos até o final de junho para 28 milhões de toneladas, acima do limite anterior de 24 milhões, de acordo com vários meios de comunicação, que citam o Ministério Agrícola Russo.
Isso traz preocupações para os investidores que sabem que o trigo da Rússia é mais barato que o americano e o europeu.
A consultoria russa SovEcon espera que o país exporte 51 milhões de toneladas do cereal, na comparação com 47,5 milhões de toneladas na safra passada. Além disso, a colheita da Rússia deve atingir 93,6 milhões de toneladas em 2024, acima dos 92,8 milhões de toneladas colhidas no ano passado, segundo a consultoria.
Milho
O milho seguiu desvalorizado, e a indicação é que o preço pode cair ainda mais. Os contratos para março fecharam a sessão em queda de 1,51%, cotados a US$ 4,2425 o bushel. O novo recuo consolidou a commoditie no menor patamar desde dezembro de 2020.
Os contratos futuros até subiram nas duas últimas sessões, mas os fundamentos de oferta inibem uma recuperação consistente nos valores.
“Com o excesso de produto que nós temos no mercado, é muito difícil mudar o panorama de baixa para o milho”, avalia João Birhan, CEO da Sim Consult.
Para ele, nem mesmo as indicações de que o milho pode perder área para a soja nos EUA no ciclo de 2024/25 é capaz de mudar o cenário de desvalorização do cereal.
O fórum anual do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) deve apresentar as primeiras estimativas para área de plantio no país nesta quinta-feira (15)
Diante da desvalorização expressiva do milho, analistas dão como certo o desinteresse dos produtores americanos em investir na cultura.
Fonte: Globo Rural