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Trigo segmentado no RS ajuda, mas é preciso mais para ampliação da produção

A julgar pelos recentes movimentos dos produtores em busca de sementes e outros insumos a área plantada de trigo no Rio Grande do Sul deverá ficar no patamar dos 700 mil hectares, o mesmo de 2017, mas ainda bem abaixo de 2013, quando passou do 1 milhão de ha semeados. Ao final da safra, os produtores devem somar uma produção de 1,5 milhão de toneladas. Em 2013, com preços atraentes e meteorologia favorável, foram 3,3 milhões de toneladas colhidas.

Se não existe aumento consistente de plantio, ao menos há um freamento na queda de área, consorciado com a soja na maioria dos casos. A falta de estímulo dos produtores em função da histórica baixa valorização do cereal nos últimos anos e da falta de uma política pública que garanta uma comercialização satisfatória vem sendo neutralizada pela adoção de um novo conceito de plantio, baseado no uso pelo produtor de variedades restritas às demandas da indústria moageira gaúcha. A opção vem garantindo remunerações até 15% mais altas.

Entrevistei no último sábado, no meu programa de rádio, o Conexão Rural, o presidente da Câmara Setorial Nacional do Trigo e da Comissão de Trigo da Farsul, Hamilton Jardim. Na conversa, além de explicar os efeitos da segregação, Jardim fez um histórico da cultura e comentou sobre o quadro conjuntural atual, no qual a indústria doméstica se mantêm dependente da importação do produto argentino, paraguaio, uruguaio e, agora, também do russo .

Jardim foi taxativo ao dizer que o futuro da produção de trigo do Rio Grande do Sul depende da implementação de medidas governamentais que façam os produtores recuperarem a  confiança.

Fonte: Blog Canal Rural


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