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USDA de agosto traz os primeiros números reais da safra e mercado aposta em redução de 10 mi/t para milho e 1 a 2 mi/t para soja

Flávio França Jr., destaca que o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) está de lado aguardando os números do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que será divulgado nesta quinta-feira (10). Este relatório é um dos mais esperados do ano, já que traz números de campo para área e produtividade da safra norte-americana.

Cercado de expectativas, este relatório pode ajustar os números divulgados até então pelo USDA, que eram provenientes de estatísticas e previsões. O sentimento dominante no mercado é de que o USDA deve trazer números menores de produtividade para soja, milho e trigo, reduzindo a previsão de produção e dos estoques norte-americanos, com um possível impacto nos estoques mundiais.

Para França Jr., deve-se tomar um cuidado em cravar grandes expectativas, já que o USDA pode ser conservador. 1 a 2 milhões a menos de tonelada para soja e trigo e 10 a 11 milhões a menos de toneladas para o milho são aguardadas. Números abaixo ou acima dessas expectativas podem deixar o mercado baixista ou altista.

O mercado já assimilou os números de redução. Um impacto significativo teria que vir fora desse padrão que está sendo aguardado.

Os mapas de clima já mudaram nesta semana, mostrando que os próximos 10 dias serão mais secos do que o normal para o centro, o oeste do Meio Oeste e para as planícies, fator que pode continuar dando suporte para os preços. Entretanto, as temperaturas não estão muito altas.

A demanda segue sólida e também vem oferecendo uma sustentação, fazendo com que o mercado resista a curto prazo. Um retorno aos US$10/bushel depende do cenário de safra que o USDA irá mostrar amanhã.

O timing de venda do Brasil para a safra de soja está chegando ao fim. Apenas 75% da safra já foi negociada e o normal para esta época seria 87%. Os preços não devem subir nos meses de setembro e outubro. Uma especulação de clima teria, neste momento atual, os melhores preços. Assim, há cerca de 30 dias para aproveitar janelas e realizar vendas.

Os produtores precisam ficar atentos aos preços e ao relatório de amanhã, além de observar também atentamente o clima, como detalha o analista, para identificar e aproveitar momentos de alta. O melhor momento do câmbio, que se arrasta próximo dos R$3,10, também já passou, uma vez que o mercado financeiro descolou do momento político.

No site do analista (www.francajunior.com.br) é possível ver a programação dos cursos que serão oferecidos por Flávio França Jr. nos próximos dias em diversas partes do Brasil.

Fonte: Notícias Agrícolas

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