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Câmara Setorial de Trigo se reúne para debater desburocratização, mercado e redução no uso de defensivos agrícolas

 

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo reuniu diversos atores da cadeia produtiva do trigo na Reunião da Câmara Setorial de Trigo, em 8 de março de 2017, na Sede do Instituto Agronômico (IAC), em Campinas. Cerca de 40 pessoas participaram do evento que teve como um dos pontos centrais a apresentação do programa Agro Fácil, com o objetivo de levantar demandas para desburocratizar o setor.

Durante a reunião foi também reeleito Maurício Ghiraldelli como presidente da Câmara, por mais um ano. No evento também foi discutida a safra de trigo paulista 2016-2017, estimativa de plantio na safra 2017-2018 e a política nacional de redução de defensivos agrícolas, além de apresentados dados conjunturais do trigo e câmbio e abordados os leilões governamentais e o desenvolvimento de novas variedades de trigo.

Para Alberto Amorim, secretário executivo das Câmaras Setoriais, o evento foi importante para reunir todos os atores da cadeia produtiva do trigo paulista, como produtores, indústria, moinhos e cooperativas. "A reunião foi uma boa oportunidade para apresentarmos o Agro Fácil, uma iniciativa da Secretaria de Agricultura que busca desburocratizar. São 31 cadeias agrícolas em São Paulo. Precisamos ouvir os integrantes para que eles nos deem informações, ideias e nos contem situações em que a burocratização é um entrave para podermos tentar equacioná-las junto ao governo estadual e federal", afirmou.

Segundo Maurício Ghiraldelli, presidente reeleito da Câmara Setorial do Trigo, desde 2013, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo vem incentivando encontros para fortalecer o setor. Para ele, a principal demanda é o entendimento entre todos os elos da cadeia produtiva. "A Câmara Setorial do Trigo foi reativada em 2013 para desatar os nós, para fazer com que o produtor entenda a demanda do consumidor final e produza, assim, cada vez mais trigo de boa qualidade em São Paulo. O Estado é responsável por 5% da produção nacional e demanda 25%. Isso mostra que temos muito a crescer", explicou.

Nos últimos quatro anos, de acordo com Ghiraldelli, a produção de trigo no Estado saltou de 70 mil para 280 mil toneladas. "É uma produção pequena, mas estamos conseguindo aumentar, graças ao investimento em novas tecnologias e variedades", afirmou.

Amorim também comemorou os resultados da safra 2016-2017 no Estado. "As indústrias reclamavam que produzíamos uma miscelânea de variedades de trigo. No último ano, tivemos uma safra com menos variedades, mais produtivas e com trigo de melhor qualidade para os moinhos. Isso resultou na estabilidade de preço e foi tão interessante para o mercado que o trigo paulista foi totalmente vendido", comemorou o secretário executivo das Câmaras Setoriais.

Redução

Outro ponto importante abordado na reunião foi a Política Nacional de Redução de Agrotóxico. O projeto de lei, em trâmite na Câmara dos Deputados, foi apresentado por Conrado Mariotti, da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo). Segundo ele, é importante que o setor produtivo conheça o projeto e apresente propostas e informações. "Somos a favor da saudabilidade dos alimentos, pois produzimos alimentos para nossos filhos e não somos imprudentes de colocar algo inadequado na boca deles", afirmou.

Fonte: Secretaria da Agricultura e Abastecimento


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