Notícias do Sindustrigo

Seminário aborda legislação do Programa de Inclusão De Pessoas Com Deficiência

Em parceria com a Escola Senai “Ítalo Bologna”, o Sindustrigo promoveu na tarde de 05 de julho, em sua sede, um seminário com o tema Inclusão de Pessoas com Deficiências, direcionado a oferecer aos representantes de moinhos associados esclarecimentos e ferramentas viáveis para o cumprimento da Lei de Cotas.

Durante a ação, o diretor da unidade do Senai, Helvécio Siqueira de Oliveira, fez uma breve apresentação do cenário da legislação brasileira e dos detalhes para o atendimento das leis por meio do programa de inclusão de pessoas com deficiência.

“Ações como essa do Sindustrigo, de reunir empresas associadas para fazer uma tarde de discussões sobre a inclusão de pessoas com deficiência são muito importantes, pois estimulam o reconhecimento da questão e permitem a troca de informações”, afirma o palestrante

Segundo ele, é essencial que as pessoas que estão à frente do RH e do jurídico das empresas, que não tiveram em sua formação acadêmica a instrução com relação a inclusão, atualizem-se sobre o assunto. “É importante promover uma reflexão sobre a legislação, aspectos sociais e culturais, não só pensando na questão trabalhista e econômica, mas também nos fatores que estão presentes na vida das pessoas com deficiência e nas obrigações do mercado”, ressalta.

Desafios das empresas

De acordo com Oliveira, o grande desafio das empresas brasileiras em relação ao programa de inclusão de pessoas com deficiência é o vazio existente no Brasil na orientação, quando falamos em educação inclusiva. “Nossa legislação é bem clara, pois define de maneira concreta as cotas e valores monetários de aplicações de multas e implicações legais para quem não cumpre a cota de pessoas com deficiência, mas não avançamos nas questões educacionais”, destaca ele.

Ao longo dos anos, o Brasil assinou convenções internacionais que obrigam o país a fazer uma ação concreta de inclusão de pessoas com deficiência no segmento escolar, mas não existiram avanços. “Erroneamente estamos fazendo integração e chamando de inclusão. Temos que compreender que inclusão é pensar na adequação do meio, do material didático, do docente e estratégias didáticas. Isso é preocupante, pois se não garantirmos direito a educação a essa grande parcela da população, como garantiremos sua ascensão ao mercado de trabalho a sua inclusão econômica?”, pontua o diretor.

“Há 20 anos atuo nesta área, desenvolvendo ações junto as empresas para que atendam a legislação, mas que também garantam a produtividade. Esse é o projeto que apresentei aos moinhos nesta tarde, focado em assessorar a empresa a romper a barreira do receio de colocar a pessoa com deficiência no quadro de funcionários, com o temor de que ela seja menos produtiva ou por contratar apenas para atender a lei. Focamos nosso trabalho em dois pilares: o da segurança ao profissional e da produtividade à empresa”, finaliza.


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