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Câmara Setorial do Trigo elege nova diretoria e revela projeção de plantio para safra 2016/17

Também foram apresentados resultados de estudo encomendado pelo Sindustrigo sobre o trigo paulista

No dia 9 de março foi realizada a primeira reunião deste ano da Câmara Setorial do Trigo, em Capão Bonito, no interior de São Paulo. Coordenada pela Codeagro, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a reunião teve como pauta a eleição da nova diretoria da Câmara Setorial do Trigo e a exposição das perspectivas de plantio da safra 2016/17. Maurício Ghiraldelli, da Correcta Alimentos, e Almerindo José Vidilli Junior, da Cooperativa Holambra, foram eleitos presidente e vice-presidente da Câmara, respectivamente. 

Um dos pontos da reunião foi a apresentação de estudo encomendado pelo Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo) sobre a produção e a comercialização do trigo paulista, elaborada e apresentada por Cintia Maluf, da CM Consult Consultoria em Gestão Agropecuária.

Produção: análise e perspectivas
A avaliação geral das cooperativas é que a qualidade do trigo produzido em terras paulistas vem evoluindo a cada ano, com diminuição das variedades cultivadas, mas ainda existem alguns desafios a serem superados. Para tanto uma das principais estratégias é a segregação correta na armazenagem para garantir a tipificação adequada do cereal para o uso nos moinhos. A Cooperativa Capão Bonito, que apostou na segregação por falling number, "grão chuvado" e "não chuvado" e da variedade denominada Quartzo durante a colheita da safra 2015, comemora resultados positivos. O representante da cooperativa afirmou durante a reunião que o trigo foi vendido mais rapidamente do que nos anos anteriores.

Embora a produção tenha aumentado nas últimas safras, a área de plantio de trigo em São Paulo deverá ser reduzida em cerca de 20% na safra 2016/2017, segundo relatos das cooperativas na reunião da Câmara. Na safra de 2015, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA), foram colhidas cerca de 240 mil toneladas de trigo em todo o Estado, cultivadas em uma área de 78 mil hectares.

Panorama do trigo paulista
A pesquisa de campo encomendada pelo Sindustrigo, intitulada "Estudo: Produção e Comercialização do Trigo Cultivado no Estado de São Paulo", foi aplicada de outubro/15 a janeiro/16 e teve como universo pesquisado moinhos e cooperativas agropecuárias. 

Uma das principais constatações é a confirmação do interesse sobre o trigo paulista por parte dos moinhos do Estado. Atualmente, o grão cultivado em São Paulo supre 30% da necessidade da indústria moageira local, sendo necessário comprar trigo de outros estados e países. Além do forte potencial de compra do mercado, São Paulo oferece ainda importantes vantagens competitivas: redução dos custos de logística e tributação inferior à de outros Estados produtores. 

O estudo também analisou a operação das cooperativas. Em 2015, elas foram responsáveis por 90% do volume colhido e 83% da área tritícola (400 triticultores). O obstáculo, porém, ainda é a qualidade do grão ofertado que varia em função das características das sementes, manejo agrícola, eventos climáticos e segregação adequada.

Para auxiliar essa questão, foi sugerida durante a reunião da Câmara uma cooperação técnica entre a iniciativa privada (cooperativas e moinhos) e o Estado (Secretaria da Agricultura e Abastecimento) para o desenvolvimento de pesquisas de cultivares adaptadas ao solo de São Paulo, reduzindo o impacto do clima e solo na qualidade do grão.


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