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Equalizar uso de agroquímicos deve ser medida multisetorial

Produtores, representantes de cooperativas, indsútria e Governo do Estado debatem práticas  para melhoramento do elo produtivo. 

Um dos temas de maior enfrentamento pelo elo produtivo do trigo - o limite do uso de agrotóxicos - foi debatido na quarta-feira, 05 de outubro, durante a 10ª Reunião da Câmara Setorial do Trigo. De acordo com a especialista Denise de Oliveira Resende, o setor produtivo do cereal deve se antecipar aos problemas causados pelos limites de agrotóxicos de forma multisetorial.

Para a especialista, harmonizar os parâmetros no âmbito do Mercosul, organizar fóruns e definir programas de monitoramento do grão são algumas medidas que podem ser tomadas para o setor enfrentar e estabelecer condutas que assegure um trigo com níveis de agroquímicos toleráveis e compatíveis com padrões internacionais.

Segundo Denise, manter a sanidade do trigo exige boas práticas agronômicas que podem ser garantidas com programas de certificações que permitem a rastreabilidade do grão. "Tanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quanto o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Procuradorias Regionais do Trabalho têm sido acionados pelos Ministérios Públicos estaduais sobre denúncias de alimentos com graus de agroquímicos inaceitáveis. E, a medida é efetiva. Os órgãos reguladores suspendem a comercialização dos alimentos e numa primeira análise responsabilizam a indústria. Contudo, se tivéssemos um monitoramento primário,  o excesso de uso de agroquímicos poderia ser detectado antes de se tornar um produto industrializado", explica Denise.

Outro assunto abordado no evento, que congrega representantes do Governo, indústria e produção, foi a palestra - Dessecação de trigo -, ministrada pelo engenheiro agrônomo da Bayer, Davi Rinaldo. Nela o especialista apresentou o herbicida que otimiza o enchimento do grão, aumento do Ph e a produtividade do cereal próximo a colheita.

No cenário apresentado pelas cooperativas, as colheitas mais avançadas alcançam 60% dos perímetros plantados, consequentemente, outras regiões variam entre 40%, 19% e 15% do cereal colhido. Segundo um dos representantes das cooperativas, "embora a expectativa seja de uma colheita menor, os produtores estão capitalizados por conta da safra de verão e devem esperar a alta do preço".

As perspectivas de mercado foram apresentadas pelo especialista da processadora agrícola ADM Brasil, Luciano Furlan. Para ele, 4,5 milhões dos 8,5 milhões de cereal que serão exportados pela Argentina deve aportar no  País.  A expectativa de exportação para o Brasil ultrapassa cerca de 1,6 milhões t, média de  exportações de anos anteriores.

 

 


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